Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Afonso, Adriana de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-17052024-112013/
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Resumo: |
A paracoccidioidomicose (PCM), micose profunda e/ou sistêmica de caráter granulomatoso e endêmica na América Latina é causada pelo fungo termodimórfico Paracoccidioides brasiliensis. O tratamento da PCM inclui antifúngicos derivados azólicos e anfotericina B. Em áreas hiperendêmicas da PCM, aproximadamente 1,5% dos pacientes com HIV/aids são co-infectados por P. brasiliensis, em geral causando doença disseminada e recidivante. Os isolados de pacientes com HIV/aids ainda não foram testados in vitro com qualquer droga; além disso, o método do E-test® e a técnica de disco-difusão para drogas convencionais ainda não foram empregadas para testar a susceptibilidade deste fungo. Desta maneira, este estudo teve por objetivo padronizar um método para se testar a sensibilidade de P. brasiliensis, isolados de pacientes co-infectados ou não pelo HIV, à anfotericina B e às drogas azólicas a partir do método preconizado pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI) para leveduras. Avaliar o emprego da técnica de E-test® e do método de disco-difusão para se testar a sensibilidade de P. brasiliensis. Vinte e quatro amostras clínicas do fungo, sendo nove isolados de pacientes co-infectados pelo HIV tiveram a susceptibilidade in vitro testada para anfotericina B e drogas azólicas, usando o método recomendado pelo CLSI para leveduras. Foi necessário modificar o método para obter a Concentração Inibitória Mínima (CIM) de P. brasiliensis, incluindo maior inóculo fúngico e período de incubação mais prolongado, entre outros fatores. Para anfotericina B, cetoconazol, itraconazol, fluconazol e voriconazol, considerando todos os isolados, foram obtidos, respectivamente, os seguintes MIC90: 0,25 µg/mL, 0,0625 µg/mL, 0,0625 µg/mL, 0,25 µg/mL e 0,125 µg/mL. Os isolados de pacientes co-infectados ou não infectados pelo HIV mostraram susceptibilidade comparável. Embora não existam \"breakpoints\" da susceptibilidade de P. brasiliensis às drogas antifúngicas, presumivelmente todos os isolados podem ser inibidos in vivo pelos níveis plasmáticos alcançados pelas diferentes drogas. Foi observada concordância superior a 76% entre os métodos de diluição em caldo e E-test® para as quatro drogas azólicas avaliadas, entretanto para anfotericina B a concordância entre as técnicas foi de 52,38%. O método do Etest ® pode ser empregado para avaliar a susceptibilidade de P. brasiliensis, especialmente, pela facilidade de execução e resultados comparáveis a técnica padronizada para leveduras. Em relação a disco-difusão, a correlação entre este método e a diluição em caldo foi menor. |