O papel dos institutos públicos de pesquisa no desenvolvimento tecnológico e na cooperação universidade-empresa.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Telles, Luciana Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3136/tde-10052012-121144/
Resumo: Este trabalho investiga os projetos cooperativos de pesquisa coordenados por institutos públicos de pesquisa tecnológica (IPPs), com a participação de universidades, empresas e outros agentes do sistema de inovação. Considera-se que estas iniciativas possam ser um mecanismo para promover e acelerar a produção de inovações tecnológicas avançadas, tanto por permitir a reunião de diferentes e complementares capacitações, como por possibilitar a alavancagem de recursos financeiros. Nestes projetos, os IPPs têm aproveitado sua experiência em atividades nas fases intermediárias do processo de inovação para assumir o desafio de reunir os conhecimentos das ciências básicas e aplicadas, produzidos nas universidades, às suas capacitações tecnológicas, e aos conhecimentos das firmas sobre a produção e os seus negócios, com o objetivo de oferecer novas tecnologias para o mercado. Este trabalho também realiza um levantamento sobre as características dos IPPs e as formas como estas instituições têm se relacionado com as universidades e empresas. Para uma análise mais aprofundada destas experiências, foram selecionados três casos para a pesquisa de campo: o Fraunhofer Innovation Clusters, programa coordenado pelos Institutos Fraunhofer, na Alemanha, que apoia o desenvolvimento de projetos cooperativos entre agentes pertencentes a uma mesma região; o National Flagship Program, coordenado pela Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation (CSIRO), na Austrália; e por fim, os projetos Mobile Harbour e Online Electric Vehicle (OLEV), coordenados pelo Korea Advanced Institute of Science and Technology (KAIST), na Coreia do Sul. A decisão de apresentar a experiência do KAIST, apesar da instituição ser uma universidade, deve-se ao fato de esta ser enriquecedora para os propósitos deste trabalho. Os casos estudados indicaram o elevado investimento público destas iniciativas. As equipes destas instituições também mostraram que a qualidade das pesquisas é o ponto de partida para que as empresas queiram cooperar com os IPPs. Em seguida, os pesquisadores apontaram a relevância da capacidade de gestão dos projetos pelas equipes dos IPPs. Os casos apresentados tornaram evidente que gerar inovação pressupõe a capacidade de administrar os diversos assuntos que poderão afetar a adoção das tecnologias e que as empresas podem contribuir nestes processos. As experiências indicaram também que as universidades têm participado nos projetos, solucionando problemas científicos que impedem o desenvolvimento das tecnologias. Os resultados mostram que estas iniciativas têm contribuído para a produção de inovação para seus países.