Análise de sobrevida de pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular de boca, em Araçatuba, de 1980 a 1995

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Sundefeld, Maria Lúcia Marçal Mazza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-24032020-115625/
Resumo: Objetivo: Analisar as probabilidades acumuladas de sobrevida dos pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular de boca, em Araçatuba, entre 1980 e 1995, e observados até dezembro de 1997, estabelecendo os fatores prognósticos significativos para o óbito. Método: O estudo se desenvolveu em uma coorte de 177 pacientes diagnosticados com carcinoma espinocelular de boca, na Faculdade de Odontologia de Araçatuba, UNESP, entre 1980 e 1995. Para avaliar a associação entre as variáveis independentes e o óbito, foram realizados testes de significância pela distribuição x2 e pelo Exato de Fisher. A taxa de sobrevida foi estimada pelo método de produto limite de Kaplan-Meier. Os fatores prognósticos foram estimados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox, calculando-se Razão da Função de Risco (HR). Resultados: As probabilidades acumuladas de sobrevida foram iguais a 74%, 61% e 53,5%, respectivamente, para um, dois e cinco anos de seguimento. Para os casos em estádio N, as taxas de sobrevida foram 45,7%, 25,3% e 17 ,4%, respectivamente, até um, dois e cinco anos após o diagnóstico. Pacientes no estádio I apresentaram sobrevida em 5 anos de 95,6%. Fatores prognósticos estatisticamente significantes foram: estadiamento clínico da doença no momento do diagnóstico e localização anatômica do tumor. A estimativa da Razão das Funções de Riscos de morrer em pacientes diagnosticados no estádio III foi igual a 3,9, isto é, o risco é praticamente três vezes maior que o daqueles em estádio I; da mesma forma, o risco de morrer dos diagnosticados em estádio IV (HR= 1 0,85) é cerca de dez vezes ao daqueles em estádio I. Conclusões: O fator prognóstico de maior Razão de Risco foi estadiamento clínico no momento do diagnóstico. Sexo, idade, raça, hábito de beber e fumar e câncer na família não influenciaram a taxa de sobrevida. Relativamente às localizações, a região jugal, palato duro, gengiva e lingua apresentaram as maiores Razões de Risco.