Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1990 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Jose Sebastiao Cunha |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20191220-121131/
|
Resumo: |
O objetivo deste trabalho foi estudar as alterações que a seleção recorrente intra e interpopulacional acarretam em linhagens endogâmicas obtidas de populações sob seleção. Para isto, através da técnica de covariância genética entre parentes, foram obtidas diversas expressões para se estimar o progresso genético esperado em linhagens endogâmicas via seleção nas populações de onde estas se originaram. Estas expressões foram obtidas considerando-se vários esquemas de seleção recorrente intra e interpopulacional. Considerando-se a seleção intrapopulacional, dois componentes da variância genética intrapopulacional, além da variância genética aditiva (σ2A), participam do progresso esperado nas linhagens obtidas nas populações: o componente D1 que é a covariância entre os efeitos médios dos genes e os efeitos de dominância dos homozigotos; e D2 que é a variância devida aos efeitos de dominância nos homozigotos. O componente D1 participa do progresso nas linhagens endogâmicas nos esquemas de seleção com progênies SO (meios irmãos e irmãos germanos) e os componentes D1 e D2 nos esquemas de seleção com progênies endogâmicas S1 e S2. A magnitude da contribuição destes parâmetros é função do nível de endogamia das unidades de seleção e das unidades melhoradas, da frequência gênica (p̄) da população e do grau de dominância (gd) do caráter. O componente D1 tem contribuição negativa para p̄ ≃ 0,3, pequena contribuição para p̄ ≃ 0,5, e contribuição positiva para p̄ ≃ 0,7 e D2 só contribui positivamente. Considerando-se a seleção interpopulacional, dois componentes da variância genética contribuem par a o progresso nas linhagens: σA1A2 e D112 para o progresso nas linhagens da população 1 σA2A1 e D121 para o progresso nas linhagens da população 2. σA1A2 e σA2A1 são as covariâncias entre os efeitos médios dos genes no hibrido interpopulacional e nas populações 1 e 2, respectivamente, e D112 e D121 são as covariâncias entre os efeitos de dominância dos homozigotos nas populações 1 e 2, respectivamente, e os efeitos médios dos genes no híbrido interpopulacional. As contribuições de D112 e D121, para o progresso das linhagens das populações P1 e P2, variam em função da endogamia destas, das populações de origem e das suas frequências gênicas (p para a população P1 e r para a população P2). Estes componentes são negativos para p̄ e r̄ < 0,5, nulos para p̄ = r̄ = 0,5 e positivos para p̄ e r̄ > 0,5. Para p̄ > 0,5 e r̄ < 0,5, D112 é positivo e D121 é negativo, aumentando e diminuindo o progresso esperado nas linhagens originadas das populações P1 e P2, respectivamente. Foram obtidas também expressões para se estimar a alteração da depressão por endogamia por ciclo de seleção intra e interpopulacional. A nível intrapopulacional verificou-se que apenas o componente D1 contribui para alterar a depressão por endogamia nos esquemas de seleção com progênies SO (meios irmãos e irmãos germanos) e que os componentes D1e D2 contribuem para esquemas de seleção com progênies endogâmicas S1 e S2. Verificou-se que a depressão por endogamia aumenta em populações com p̄ ≃ 0,3, torna-se insignificante para p̄ ≃ 0,5 e diminui para p̄ ≃ 0,7, para os caracteres considerados (peso de grãos, altura de planta e espiga). A nível interpopulacional apenas D112 e D121 alteram a depressão por endogamia nas populações. Para p̄ > 0,5 e r̄ < 0,5, a depressão por endogamia diminui na população 1 e aumenta na população 2 e para p̄ = r̄ = 0,5, a depressão por endogamia não se altera. O modelo utilizado para tais predições se restringe à condição de dois alelos por loco e não leva em consideração a carga genética. Entretanto, dados literatura estão de acordo com tais previsões. |