Crenças de enfermeiros com cargo de chefia de um hospital universitário sobre os riscos ocupacionais com material biológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Malaguti, Silmara Elaine
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-23042007-152905/
Resumo: O enfermeiro com cargo de chefia, ao liderar uma equipe e conduzir um serviço de saúde, assume importante papel na prevenção de exposição ocupacional envolvendo material biológico potencialmente contaminado, pois lidera a equipe de profissionais que mais se acidenta dentro do ambiente hospitalar, por estarem constantemente em contato com sangue e fluidos corpóreos. Este estudo do tipo descritivo, foi realizado em um hospital universitário de grande porte de uma cidade do interior de São Paulo e teve como objetivo avaliar o conhecimento e as crenças dos enfermeiros com cargos de chefia acerca da exposição ocupacional a material biológico. A coleta de dados foi realizada no período de maio a agosto de 2006 e os dados foram analisados qualitativamente, por meio do método de Análise de Conteúdo de Bardin (1977), e quantitativamente, através da estatística descritiva, tendo como base o Modelo de Crenças em Saúde (MCS) de Rosenstock (1974a,b) que possibilitou compreender o conhecimento dos enfermeiros com cargo de chefia sobre o risco biológico e principais condutas diante de uma situação de acidente, evidenciando-se assim as falhas na formação e as lacunas no processo de aperfeiçoamento e atualizações desses profissionais. Através do MCS identificou-se as barreiras enfrentadas por enfermeiros com cargo de chefia, para adesão dos trabalhadores de enfermagem às medidas de prevenção à exposição ocupacional envolvendo sangue e fluídos corporais, relacionadas à infra-estrutura, aos recursos humanos e de materiais da instuição. A resistência ao uso do equipamento de proteção individual, o descarte incorreto de materiais contaminados e o número inadequado de profissionais foram apontados como os principais motivos para a ocorrência de acidentes na instituição. Os enfermeiros consideraram-se mais susceptíveis ao vírus da imunodeficência adquirida do que aos vírus das hepatites C e B e o conhecimento das doenças que podem ser transmitidas através de fluídos corporais foi bastante limitado, evidenciando-se a necessidade de trabalhar com educação permanente junto a eles para que possam orientar sobre as condutas e os riscos de exposição ocupacional envolvendo material biológico nos respectivos setores de trabalho. Esses profissionais acreditam que os benefícios da prevenção de acidentes são: prevenção de doenças futuras ou doenças que podem trazer complicações graves, e com risco de morte, no entanto, muitos relataram que a prevenção de acidentes é necessária para não perderem dias de trabalho decorrentes de afastamento e conseqüentemente redução salarial. A educação permanente como estratégia de comunicação em serviço poderá auxiliar programas que visam a prevenção de acidentes ocupacionais com material biológico envolvendo a equipe de trabalho. Além disso, os enfermeiros que ocupam cargos de chefia devem manter uma postura de valorização do clima de segurança no ambiente laboral.