Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Targino, Arcenira Resende Lopes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48136/tde-22042024-093710/
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Resumo: |
No Brasil, a exploração aurífera esteve relacionada com processos de construção do espaço geográfico brasileiro, genocídio de povos indígenas e africanos e criação da identidade nacional. Nesta tese, estudamos o imaginário brasileiro sobre o ouro e buscamos identificar suas implicações educacionais, considerando a complexidade e as múltiplas dimensões do conhecimento científico. Para isso, inicialmente foi realizada uma pesquisa histórica inspirada na perspectiva decolonial, embasada nos referenciais teóricos da História Cultural das Ciências e da Teoria Antropológica do Imaginário. Analisamos alguns documentos, principalmente dos séculos XVIII e XIX, como as obras Erário Mineral (1735), de autoria de Luís Gomes Ferreira (1686-1764) e Pluto Brasiliensis (1833), de autoria de Wilhelm L. Von Eschwege (1777-1855), imagens produzidas por viajantes, assim como abordamos pesquisas históricas que estudaram vestígios arqueológicos da mineração do ouro. Para ilustrar aspectos desse imaginário na contemporaneidade, analisamos obras cinematográficas e literária dos séculos XX e XXI, identificando rupturas e permanências, como mitos repaginados e camuflados na cultura, ligados com estruturas de dominação. Analisamos os filmes Chico Rei (1985), Serra Pelada (2013), Serra Pelada: A lenda da Montanha de Ouro (2013), Chico Rei entre nós (2020), e a obra literária de Cecília Meireles (1901-1964) Romanceiro da Inconfidência (1953). Dentre os resultados da pesquisa, destacamos contribuições de conhecimentos africanos e indígenas na exploração aurífera; concepções metafísicas sobre elementos químicos relacionadas com concepções alquímicas que orientaram prospecções minerais no período colonial e que ainda permanecem no imaginário contemporâneo, influenciando o desenvolvimento de tecnologias; e o simbolismo do ouro, que propicia a valorização monetária do metal, o que, por sua vez, fomenta conflitos territoriais na atualidade, como os da região Amazônica. Esses resultados podem contribuir para discussões educacionais, tanto na formação de professores como na construção de currículos transdisciplinares, que valorizem uma educação humanista, decolonial e antirracista, principalmente nos âmbitos da Educação Científica e do Ensino de Química. |