Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Barczak, Daniel Sindelar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-19032012-115042/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: Os critérios diagnósticos atuais para as síndromes depressivas não identificam uma parcela dos idosos com sintomatologia depressiva clinicamente significativa. Instrumentos psicométricos específicos para esta população, que sejam rápidos e fáceis de aplicar tornam-se necessários. A partir de instrumentos previamente validados como as escalas GDS e CES-D, e de um consenso de especialistas foi desenvolvida uma escala de 10 itens para avaliar o construto clínico de depressão em pacientes idosos. OBJETIVO: Validação interna de uma nova escala de rastreio de sintomas depressivos em idosos (D10) desenvolvida no Programa Terceira Idade (PROTER), Instituto de Psiquiatria HC FMUSP. MÉTODOS: Uma amostra de conveniência composta por 62 sujeitos foi utilizada para o estudo de validade de critério (validade concorrente). Destes, 44 foram incluídos nos estudos de confiabilidade (consistência interna, estabilidade e equivalência) e de validade de construto (validades convergente e divergente). Todos os participantes incluídos tinham idade 60 anos, não apresentavam doenças médicas graves ou descompensadas, déficits cognitivo e funcional significativos (avaliados, respectivamente, pela M-CIRS, MMSE e B-ADL) e não apresentavam histórico passado ou atual sugestivo de síndrome psicótica. Os diagnósticos foram obtidos pela entrevista estruturada MINI-Plus (seções A, B, D, E, F e P) e a intensidade dos sintomas depressivos mensurados pela MADRS. Outros instrumentos foram utilizados (CAMCOG, IQCODE, CAGE, DUSI-R) no desenho da pesquisa, para reduzir a possibilidade de vieses sistemáticos. A distribuição da amostra foi avaliada pelo Teste Kolgomorov-Smirnov, e os índices de correlação de Pearson e Spearman foram utilizados para aferir a relação entre a D10 e as escalas MADRS e CAGE. A correlação entre os itens da D10 foram analisados pelos coeficientes de Correlação Intraclasse (CCI) e alfa de Cronbach. A acurácia do teste foi investigada pela análise das áreas sob as curvas ROC. RESULTADOS: A amostra (idade média de 72,35; SD=7,05) não apresentou diferenças significativas entre as variáveis sócio-demográficas, econômicas, clínicas, cognitivas e funcionais estudadas (p>0,05). O valor de alfa (consistência interna) manteve-se estável e elevado (=0,84±0,02) e os itens da D10 apresentaram boa equivalência (inter-rater) (rs=0,95, p0,01) e boa estabilidade (intra-rater) (rs=0,95, p0,01). A escala MADRS correlacionou-se significativamente com a D10 (rp=0,86, e rs=081, p0,01), não tendo se correlacionado com a CAGE (p>0,05). Esse achado foi reforçado pela correlação entre a CAGE e a DUSI-R (rp=0,31, p=0,005; e rs=0,29 p=0,01). A nota de corte de 6 pontos na D10 apresentou elevados níveis de sensibilidade (96,2%), especificidade (88,9%), valor preditivo positivo (86,2%), valor preditivo negativo (97%) e acurácia (91,9%). O tempo médio de aplicação do novo instrumento foi de 42±4 segundos. CONCLUSÕES: Os resultados obtidos indicaram que a escala D10 apresentou confiabilidade, validade interna, e acurácia adequadas para ser utilizada como um instrumento de aplicação rápida para o rastreio de sintomatologia depressiva clinicamente significativa em idosos |