Influência da substância química auxiliar na fratura de instrumentos reciprocantes durantes a instrumentação: um estudo in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Villar, Gustavo Machado
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23156/tde-23062023-155241/
Resumo: Diferentes substâncias são utilizadas para a irrigação do sistema de canais radiculares durante o tratamento endodôntico, sendo mais comumente usado o Hipoclorito de Sódio. Como alternativa ao Hipoclorito de Sódio, a Clorexidina a 2% é utilizada por conta da sua alta capacidade antisséptica e menor irritabilidade aos tecidos periapicais.Com o advento dos instrumentos fabricados em liga de níquel-titânio, a mecanização do tratamento endodôntico foi possível, primeiramente com os instrumentos em cinemática rotatória, e, mais posteriormente, em uma cinemática reciprocante, mais resistente à fratura por fadiga cíclica e torção.Os efeitos do Hipoclorito de Sódio sobre os instrumentos endodônticos são conhecidos, sendo a corrosão percebida nos instrumentos fabricados em aço inoxidável ou em liga de níquel-titânio, entretanto, os efeitos da Clorexidina não foram ainda explorados. O objetivo deste trabalho é desvendar a influência da substância química auxiliar na resistência à fratura durante a instrumentação de blocos de resina com canais simulados curvos utilizando instrumentos reciprocantes 25.06 com tratamento térmico e controle de memória de forma, sendo as substâncias químicas auxiliares o Hipoclorito de Sódio à 2,5% e a Clorexidina em gel à 2%. Para tal, foram utilizados quarenta instrumentos reciprocantes, divididos em quatro grupos de dez instrumentos cada, sendo Grupo 1 (ProDesign R e Hipoclorito de Sódio a 2,5%), Grupo 2 (ProDesign R e Clorexidina em gel à 2%), Grupo 3 (X1 Blue e Hipoclorito de Sódio à 2,5%) e Grupo 4 (X1 Blue e Clorexidina em gel à 2%). Cada instrumento de cada grupo instrumentou no máximo dez blocos de resina. A influência da substância química auxiliar foi medida pela quantidade de blocos completamente instrumentados por cada lima até o momento da fratura. A fim de emular a realidade clínica, os instrumentos foram limpos em lavadora ultrassônica e esterilizados após cada uso, além da instrumentação se dar em um ambiente com temperatura controlada de 37° C. Os dados obtidos foram analisados pelo teste de Friedman, e a normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk. Apenas um instrumento, do Grupo 1, fraturou durante o estudo. Não houve diferenças estatísticas entre os resultados dos grupos. Pode-se concluir, com base nos resultados, que a substância química auxiliar não influenciou na resistência à fratura dos instrumentos testados, sob as condições descritas nesse estudo in vitro.