Uma interpretação para as dificuldades enfrentadas pelos estudantes num laboratório didático de física

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Marineli, Fábio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-08052013-142019/
Resumo: O presente trabalho trata de algumas dificuldades de estudantes num laboratório didático de Física. Utilizando Relatórios de experimentos realizados pelos estudantes de um curso de laboratório do Instituto de Física da USP, analisamos o entendimento de conceitos típicos de um experimento de Física, como medida, incerteza, flutuação etc. Uma análise qualitativa do conteúdo dos Relatórios mostra que as medidas são representadas quase sempre incorretamente e, quando corretas, têm uma interpretação equivocada: devem ser exatas, refletindo características completamente definidas dos objetos ou fenômenos e a influência de quem as realiza ou do instrumento de medida supera e obscurece o acesso às propriedades das grandezas. Para a interpretação dos resultados encontrados utilizamos conceituações de realidade apresentadas por autores da área da sociologia; nos apoiamos no pressuposto de que a realidade da vida cotidiana, em que os estudantes estão imersos, é distinta da realidade considerada na perspectiva científica. Buscamos atribuir as dificuldades manifestadas pelos estudantes quando são convidados a medir, expressar e analisar os resultados de uma medida no laboratório, à concepção de realidade cotidiana que eles detêm. Consideramos que as dificuldades enfrentadas pelos estudantes no trabalho no laboratório didático de Física têm um forte componente de uma concepção equivocada, de senso comum, relativa a certos aspectos do campo científico, mais do que um desconhecimento dos procedimentos estatísticos que comparecem na elaboração dos resultados.