O cotidiano do hipertenso na perspectiva do modelo de campo de saúde de Lalonde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Reza, Cleotilde Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-02012008-090428/
Resumo: A presente pesquisa for desenvolvida junto a pacientes hipertensos cadastrados em um Programa de Exercício Aeróbio de um Centro de Saúde do Município de Toluca - México, tendo por objetivo caracterizá-los de acordo com as variáveis do Modelo de Campo de Saúde de Lalonde: biologia humana, meio ambiente, estilo de vida e organização dos serviços de saúde e, analisar o sentir e o pensar destes pacientes sobre sua doença e os cuidados com a mesma. Participaram da pesquisa quarenta e oito pacientes, cujos dados foram obtido em duas fases; primeiramente obteve-se os dados referentes aos quatro elementos do Modelo de Campo de Saúde de Lalonde em seguida, por meio de cinco questões orientadoras foi possível identificar a experiência dos hipertensos com a doença, enfocando o pensar e o sentir destes pacientes, desde o diagnóstico até as mudanças e cuidados impostos pela doença; após a obtenção dos valores da PA, os pacientes, foram classificados em dois grupos: aqueles com PA controlada e aqueles de PA não controlada, de acordo com as recomendações do JNC-7 (2006). Entre os pacientes do grupo de PA controlada 77,08% eram mulheres: 54,16% tinham idade superior a 60 anos; 81,25% estavam com a PA controlada; 27,08% apresentavam sobrepeso e 68,75% possuíam RCQ maior que 90; 45,83% não sabiam indicar antecedentes familiares para a doença; 20,83% indicaram ser hipertensos há mais de dez anos; 72,91% faziam tratamento para a hipertensão arterial, 43,73% indicaram conhecer os valores de PA; 39,59% eram viúvos; 52,08% procediam do meio urbano; 68,75% possuíam nível de escolaridade baixo; 54,16% ocupavam-se dos afazeres domésticos; 70,83% indicaram realizar exercício físico, sendo a caminhada indicada por 66,67% deles; 75,0% não fumavam e 68,75% não consumiam bebida alcoólica; 66,67% indicaram apresentar estresse, sendo este mais freqüente em função de problemas familiares e no lar; 72,91% indicam fazer em média três refeições diárias e consumir alimentos com pouco sal (68,75%); 68,75% indicaram usar os serviços de saúde do sistema público, sendo que 54,16% indicaram procurar o serviço somente quando não se sentissem bem. Em relação ao que pensavam sobre sua doença e o cuidado, pode-se identificar que os hipertensos percebem como necessária a mudança de comportamento a partir da descoberta da doença, embora o início da doença não tenha gerado nenhuma mudança significativa. Os resultados deste estudo são importantes para o universo dos serviços de saúde do México, uma vez que demanda a necessidade de aprofundar estudos que gerem novos conhecimentos que possam contribuir para a melhoria do cuidado ao hipertenso.