Condições clínicas dos pacientes e a carga de trabalho de enfermagem na Unidade de Recuperação Pós-Anestésica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Freria, Zelia Fernanda da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7139/tde-05112018-125525/
Resumo: Introdução: A Unidade de Recuperação Pós-Anestésica (URPA) é definida como unidade de cuidados intensivos para pacientes que se recuperam da anestesia e cirurgia. Nesse período, a assistência de enfermagem concentra-se na observação da evolução das condições clínicas dos pacientes, como: o retorno da consciência, na resposta dos reflexos protetores, e na estabilidade dos sinais vitais. Para essa avaliação do paciente no período pós-operatório imediato é comum à utilização do Índice de Aldrete e Kroulik (IAK). Um dos indicativos da alta do paciente ocorre quando se atinge um escore total de 8 a 10, isto é, quando o paciente apresenta retorno da consciência, estabilidade dos sinais vitais, retorno da atividade motora e dos reflexos protetores, além de estabilidade térmica e ausência de dor, até então, a observação deve ser contínua. Os criadores desse índice ressaltam que, quanto menor for o escore total, mais cuidado e observação são necessários, isto é, maior é a instabilidade deste paciente. A evolução tecnológica das unidades hospitalares associada ao aumento da complexidade dos pacientes internados interferem no tempo de permanência e no nível de atenção requerido por eles no período de recuperação pós-anestésica. Sendo assim, há necessidade de um número maior de funcionários qualificados para o cuidado de enfermagem adequado. O Nursing Activities Score (NAS) é um instrumento rotineiramente utilizado em Unidades de Terapia Intensiva, pode representar o tempo de cuidado de enfermagem exigido para o paciente, carga de trabalho, o que pode ser extremamente útil e pertinente para a URPA para a adequação e cálculo de número adequado de profissionais. Objetivo: Verificar a relação das condições clínicas avaliadas pelo Índice de Aldrete e Kroulik (IAK), e a carga de trabalho, determinada pelo Nursing Activities Score(NAS) e exigida pelos pacientes durante o tempo de permanência na Unidade Recuperação Pós- Anestésica. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagem do tipo quantitativadescritivo- observacional, não participativa, de corte transversal. O estudo foi desenvolvido na URPA de um Hospital privado com Centro Cirúrgico, de grande porte, na cidade de São Paulo. Resultados: A amostra foi composta de 85 pacientes com maior incidência de pacientes do gênero masculino, idade 18 a 83 anos, com mediana de 41 anos, e proveniente da unidade de internação, as comorbidades mais frequentes foram a Dislipidemia, seguida de Hipertensão Arterial Sistêmica. As cirúrgicas em sua maioria foi eletivas, as especialidades médicas mais assíduas foram Otorrinolaringologia e Gastrenterologia, ambas com porcentagem de 24,7%, e urologia com 17,6%, o tipo de anestesia mais frequente foi a geral, apenas três pacientes tiveram intercorrências no intraoperatório, sendo um a arritmia e dois pacientes apresentaram reação alérgica medicamentosa. Durante o período de internação na URPA os pacientes apresentaram as seguintes intercorrências: Retenção urinária (1,2%), Bradicardia (1,2%), Hiperglicemia (1,2%), Hipotensão (1,2%). O tempo de permanência na URPA variou entre 15 e 130 minutos, com mediana de 45 minutos. A carga de trabalho de enfermagem foi mensurada pelo NAS, o escore total variou de 37,2% e 82,1%, com mediana de 41,1%. O Índice de Aldrete e Kroulik foi medido a partir do momento de admissão e a cada 15 minutos durante toda a permanência do paciente na URPA. O menor índice encontrado foi 4 (quatro) no zero minuto e o escore prevalente na admissão foi 9 (44,7%). O tempo de permanência na URPA variou entre 15 e 130 minutos, com mediana de 45 minutos. Conclusões: este estudo não apresentou relação estatisticamente significante entre as variáveis NAS, IAK e tempo de permanência na URPA.