Determinação do somatotipo e do nível de atividade física em idosos frágeis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Marques, Suélen Gomes dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-18122019-183019/
Resumo: INTRODUÇÃO: A Fragilidade é um processo sistêmico que afeta múltiplos sistemas orgânicos, gerando um fenótipo de fraqueza, fadiga, redução das reservas fisiológicas, diminuição da tolerância ao stress, e aumento do risco de hospitalização e morbimortalidade. As intervenções com o objetivo de gerenciar as consequências adversas da fragilidade se concentram na minimização do risco de incapacidade e dependência ou no tratamento de condições pré-existentes. Nesse sentido, a atividade física pode ser uma estratégia eficaz para a prevenção e o tratamento da fragilidade e a determinação do somatotipo pode ser um referencial importante para o estudo da fragilidade, pois é uma medida de baixo custo, não invasiva e de fácil aplicação. OBJETIVO: Desta forma, foi objetivo determinar o somatotipo, o gasto calórico e o nível de atividade física em idosos frágeis. MÉTODO: A amostra foi composta de 72 idosos de ambos os sexos, com 60 anos ou mais (x = 74,42; DP= 10,63). Os participantes foram divididos em dois grupos: idosos frágeis (IF=33) e idosos não frágeis (INF= 39). A fragilidade foi determinada de acordo com o instrumento Tilburg Fraialty Indicator-TFI, o somatotipo foi obtido usando o método de Heath e Carter e atividade física pelo questionário internacional de atividade física (IPAQ/versão curta). As análises comparativas entre os grupos foram realizadas por meio do Teste t de Student para amostras independentes, associado ao tamanho de efeito. A testagem da homogeneidade da amostra foi realizada através do Teste de Levene. Para a determinação do gasto calórico foi utilizado o teste de Mann-Whitney e o método Stepwise com método Lambda de Wilks, como critério de inclusão e exclusão da variável, adotou-se a probabilidade de (0,05). RESULTADOS: A análise do somatotipo demonstrou que houve predominância de endomorfia (IF= 6,54 ± 1,65 vs INF= 6,12 ± 2,07 p 0,350) seguido mesomorfia (IF= 3,44 ± 1,62 vs INF= 3,15 ± 2,19 p 0,531) e ectomorfia (IF= 0,82 ± 0,99 vs INF= 0,95 ± 0,86 p 0,163), mas não foram observadas diferenças significativas entre os grupos. Quanto ao nível de atividade 28 (84,7%) IF foram classificados como sedentários e insuficientemente ativos A e B, e 21 (53,8%) INF foram classificados como ativos e muito ativos. Essa diferença no nível de atividade física explica o maior gasto calórico total encontrado em idosos não frágeis (mediana 1.087,43; IAQ= 3.954,30) quando comparado com idosos frágeis (mediana= 0,0; IAQ= 462,64) (p=0,001). CONCLUSÃO: A predominância da endomorfia, ou seja, maior quantidade de gordura corporal e um menor gasto calórico observado nos IF pode interferir nas atividades de vida diária, capacidade funcional, vida independente e presença de doenças crônicas