Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Higa, Laís Miwa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-05112024-193316/
|
Resumo: |
Esta pesquisa trata da construção do ativismo asiático-brasileiro contemporâneo (2016- 2023), desde o surgimento dos três primeiros coletivos de antirracismo, feminismo e LBGTQIA+ asiáticos/amarelos no Facebook, sua expansão para outras redes sociais, na mídia, e em espaços offline. Numa década marcada por enormes transformações e crises, a análise etnográfica contextualiza e articula a trajetória do campo às marcas das Jornadas de Junho (2013); do Impeachment da Presidente Dilma Rousseff (2016); da ascensão da extrema direita, com a eleição de Jair Bolsonaro (2018); da Pandemia de Covid-19 (2020); e da eleição de Lula como Presidente (2022). O objetivo principal é analisar as maneiras pelas quais coletivos e sujeitos asiáticos-brasileiros têm produzido, nesse período, significados e articulações entre marcadores sociais da diferença -- tais como raça, gênero e sexualidade --, na produção de práticas políticas e modos de subjetivação. Desse modo, nos primeiros capítulos, analiso a criação dos primeiros coletivos asiáticos no Facebook e na internet, no enquadramento de eclosão dos novos movimentos sociais e do ciberativismo, como local de encontro e construção política e subjetiva de jovens, em contraposição às gerações mais velhas, com representantes conservadores que ocupam as associações étnicas e partidos de direita. Em seguida, com foco na produção de categorias de identidades asiáticas-brasileiras politizadas e de sujeitos políticos asiático-brasileiros, o trabalho investiga a importância e a valorização atribuídas a pesquisas e a estudos acadêmicos nos debates e embates em torno das categorias étnicoraciais, de conceitos e perspectivas teórico-políticas que são constantemente utilizados para fundamentar discursos e práticas do movimento. O último capítulo perscruta o mito do Perigo Amarelo e o mito da Minoria Modelo, de maneira a aprofundar, teórica e etnograficamente, os modos pelos quais essa juventude mobiliza memórias e histórias das diásporas, invocando especialmente eventos de guerra, privação e injustiça sofridas por imigrantes e descendentes nos países de origem e no Brasil. Exemplos e análises de pesquisas acadêmicas permitem, por um lado, a recontextualização e a ressignificação das próprias experiências vividas de microagressões, xenofobia, racismo e discriminação. Por outro, contribuem para fundamentação de críticas e análises que fomentam a formação política e o incentivo à atuação em movimentos sociais, coletivos e organizações |