O macrocosmo social da nanociência: estudo sobre as pesquisas em nanotecnologia da Embrapa e da Unicamp

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Jardim, Fernando Rogerio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-09122009-162117/
Resumo: A difusão irrestrita das relações mercantis para todas as esferas da sociedade e a inclusão forçada dos bens naturais e sociais na categoria das mercadorias, são fenômenos que vêm impondo novos condicionamentos à produção da ciência e ao trabalho científico. Vê-se no contexto do capitalismo atual duas tendências em aceleração: a transformação do cientista num proletário assalariado a serviço do capital; e a transformação da própria ciência numa mercadoria fictícia através da qual a produção dum saber útil (valor-de-uso) é apenas o subterfúgio necessário à valorização do capital pela patente (valor-de-troca). Com base nisso, o objetivo da presente dissertação é discutir a) que condicionamentos a lógica da acumulação capitalista faz pesar sobre as atividades de pesquisa; b) que funções o trabalho científico presta ao capital; c) como funcionaria o conhecimento quando mercadorizado; d) qual é o papel do Estado na aproximação da pesquisa com o mercado; e e) que novos valores e práticas vem sendo adotadas pelos cientistas. Tomaremos como base a teoria dos campos de Bourdieu e a teoria do valor de Marx. Delimitamos nossa investigação no desenvolvimento da nanotecnologia, por ser esta uma nova área do conhecimento que vem atraindo poderosos interesses do Estado e do mercado. Como âmbito de pesquisa, visitamos duas unidades da Embrapa e dois institutos da Unicamp, inseridos num quadro de análise comparativa preliminar entre o campo científico, o campo econômico e o hipotético campo tecnológico. Nossos procedimentos metodológicos basearam-se em entrevistas semi-estruturadas e levantamento documental e bibliográfico.