Análise periodontal em pacientes submetidos à tratamento ortodôntico corretivo: avaliação clínica, microbiológica e imunológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Shirozaki, Mariana Umekita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-01042019-153334/
Resumo: O biofilme é um dos fatores primários para o desenvolvimento da gengivite, periodontite e outras alterações na saúde gengival do paciente. O tratamento ortodôntico é um fator predisponente para adesão de microrganismos deixando o paciente susceptível ao maior acúmulo de biofilme e, consequentemente, às doenças periodontais. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar as alterações clínicas, microbiológicas e imunológicas no paciente em tratamento ortodôntico corretivo e testar as hipóteses nulas: 1 - não há diferença nos parâmetros clínicos, microbiológicos e imunológicos antes e durante o tratamento ortodôntico, 2 não há correlação entre os índices clínicos e imunológicos. Em 28 pacientes com necessidade de tratamento ortodôntico corretivo foram avaliados parâmetros clínicos como índice de Placa (IP), índice de Sangramento (IS), largura de gengiva queratinizada (LGQ); parâmetros microbiológicos por meio da contagem de 40 espécies subgengivais em amostras de biofilme (Checkerboard DNA-DNA Hybridization) e avaliação imunológica por meio da expressão dos níveis de Interleucina-1 β (IL-1β ), metaloproteínase da matriz-8 (MMP-8) e Fator de Necrose Tumoral (TNF-α) no Fluído Crevicular Gengival (FCG) (Luminex). Foram realizadas coletas em 3 momentos: T0 = antes da colocação do aparelho; T1 = 6 meses após e T2= 12 meses após o início do tratamento. Para as análises clínicas e microbiológicas foram aplicados teste de Friedman e Wilcoxon com correção de Bonferroni e para a análise imunológica, Análise de variância para medidas repetidas. Não foi observada diferença estatisticamente significante para a LGQ. IP apresentou aumento, sendo estatisticamente significante em T1 (70,58±28,56) e T2 (83,23±12,30) quando comparados ao T0 (24,44±11,56). O IS apresentou aumento estatisticamente significante em T1 (7,97±5,04) e diminuição em T2 (6,20±4,09), demonstrando valores sem diferença estatisticamente significante a T0 (4,54±4,98). Na análise microbiológica, dentre os seis complexos analisados, apenas o complexo vermelho apresentou frequência significativamente maior (p=0,001) em T2. Não houve diferença estatisticamente significante nos valores dos níveis das citocinas avaliadas, entre todos os tempos (p>0,05), porém em T2 houve correlação positiva moderada entre IS e IL-1β (r=0,49 p=0,01) e TNF-α (r=0,39 e p=0,05). As hipóteses nulas foram rejeitadas. O tratamento ortodôntico corretivo causou alterações periodontais clínicas com relação ao acúmulo de biofilme e sangramento gengival, alterações de bactérias periodontopatogênicas, além de gengivite após 6 meses de tratamento