Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Jonas Menezes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-29092016-162317/
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Resumo: |
Pretende-se com este trabalho analisar as consequências da política de ciência e tecnologia (PCT) implementada no Brasil sobre a pesquisa na Escola Politécnica (EP) da Universidade de São Paulo (USP) no período compreendido entre 1999 e 2013. Assumimos a Escola Politécnica da USP como recorte analítico em virtude da proeminência da instituição e desta unidade acadêmica no cenário nacional no que se refere à pesquisa científica, bem como por entender que as engenharias é uma área com forte ligação com o setor empresarial. A partir da investigação das transformações da PCT, evidenciamos que as orientações políticas, a partir do final dos anos 90, direcionaram-se com maior ênfase para promoção da inovação tecnológica, tendo em vista a sua relevância para o desenvolvimento econômico e social. Esta mudança foi promovida em virtude das transformações no capitalismo global combinada com a ascensão do neoliberalismo após a crise econômica da década de 70. Tendo como pressuposto a necessidade de interação entre universidades ou institutos públicos de pesquisa e o setor produtivo, as diretrizes da política de C&T passam a estimular, através de uma série de mecanismos, o estabelecimento de parcerias entre esses dois atores, em virtude da importância atribuída à pesquisa científica no processo inovativo. Em consonância, a reforma educacional de cunho neoliberal executada a partir da década de 90 influenciada pelas recomendações dos organismos financeiros internacionais impulsionava a aproximação das universidades públicas com o segmento empresarial. Entretanto, a partir da análise das entrevistas realizadas com professores-pesquisadores da Escola Politécnica da USP e dos dados estatísticos referentes à pesquisa, desenvolvimento e inovação, percebemos como os resultados alcançados até o momento não correspondem às expectativas almejadas pelos defensores da perspectiva inovacionista. Além disso, sustentamos a hipótese de alguns autores de que o fracasso desta política está relacionado à estrutura produtiva e à condição periférica da economia brasileira no capitalismo mundial. Finalmente, concluímos que essa orientação tem acarretado uma série de prejuízos para a dinâmica e para a função da universidade, bem como na identidade e nas condições de trabalho do professor-pesquisador que, por sua vez, repercutem no modelo de desenvolvimento socioeconômico do País. |