Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1999 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Gislene Batista de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20231122-100931/
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Resumo: |
Foram realizados estudos florísticos e fitossociológicos no Morro de Araçoiaba, Floresta Nacional de Ipanema, Iperó- SP (23°25Sul e 47°40 Oeste), com área total de 5.069,73 ha. Os estudos envolveram levantamento florístico e fitossociológico do estrato arbustivo e arbóreo, além da caracterização físico-química do solo em dois trechos desse Morro (região de alúvio - Ribeirão do Ferro e região de encosta e topo - Pico do Chapéu) e da caracterização climática para a região, baseada em dados meteorológicos de 30 anos (1968-97). Os objetivos deste trabalho foram contribuir para o conhecimento da flora do Estado de São Paulo nessa região, além de discutir aspectos da estrutura e da caracterização fito ecológica em região de Tensão Ecológica. O clima local foi identificado como Cfa (subtropical quente, constantemente úmido, com inverno menos seco), segundo Koeppen. A temperatura média anual foi de 21°C e a precipitação média anual de 1310mm. O balanço hídrico revelou a existência de duas estações bem definidas, com mínima ocorrência de deficiência hídrica média anual. Os solos do Morro de Araçoiaba apresentaram características variáveis, sendo que o Ribeirão do Ferro, caracteriza-se por apresentar um solo aluvial e o Pico do Chapéu, um solo latossólico, distinguindo-se também pela composição físico-química. Os dois trechos do Morro de Araçoiaba apresentaram solos eutróficos, com alta capacidade de adsorção, sendo a textura do solo do Ribeirão do Ferro argilosa e do Pico do Chapéu, média-argilosa. O levantamento florístico foi realizado através de coletas de material botânico reprodutivo e vegetativo em caminhadas livres e nas parcelas instaladas em região de alúvio (Ribeirão do Ferro) e região de encosta e topo (Pico do Chapéu), num período de 20 meses. Nos trechos dominantes do Morro, foram alocadas parcelas múltiplas e contíguas medindo 20x10m, totalizando 0,56ha em cada uma das duas áreas, que apresentam fisionomia e histórico de perturbação diferenciados, sendo amostrados os indivíduos com P AP mínimo de 15cm. Foram amostradas 119 espécies, pertencentes a 92 gêneros e 43 famílias. As famílias de maior riqueza foram Fabacea, Meliaceae, Euphorbiaceae e Myrtaceae. As espécies mais importantes (maior IVI) foram Trichilia elegans para o Ribeirão do Ferro (H= 3,109 nats/ind.) e Centrolobium tomentosum e Croton floribundus para o Pico do Chapéu (H= 2,941 nats/ind.). A área de maior altitude apresentou-se mais conservada em relação à área aluvial, embora ambas apresentem um estágio de regeneração caracterizado por eco unidades em desenvolvimento, com domínio no dossel de espécies secundárias iniciais e no sub-bosque de espécies secundárias tardias. No trabalho discutiu-se os resultados para cada uma das áreas amostradas e para a área como um todo. Estes resultados permitiram concluir que a vegetação do Morro de Araçoiaba apresenta um mosaico ambiental e sucessional formado por áreas com características fitofisionômicas e edáficas distintas, sendo que a vegetação do sopé difere daquela existente no topo do Morro, possivelmente pelas diferentes intensidades de perturbação e pelo microclima que deve ser gerado pela própria formação do Morro, assim como pela sua disposição (isolado de qualquer cadeia). |