Avaliação da suplementação com dimetilglicina sobre o desempenho atlético de cavalos de enduro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Funari, Sabrina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-29082012-160647/
Resumo: O exercício de enduro é caracterizado por um esforço aeróbico prolongado, de intensidade variável em que o cavalo é submetido a um trabalho permanente o qual exige dos sistemas orgânicos a manutenção da homeostasia. A habilidade dos músculos em gerar energia rapidamente via produção de lactato, é essencial para o desempenho em exercícios de elevada intensidade. Entretanto, a produção de lactato pode também suprimir muitos dos processos vitais necessários pra sustentar a atividade muscular. A associação de lactato com a fadiga muscular tem levado à busca de suplementos alimentares que reduzem o acúmulo de lactato. N,N-Dimetilglicina (DMG), um intermediário do metabolismo da colina, é um suplemento atualmente comercializado, porém não há dados consistentes na literatura sobre sua eficácia para equinos atletas. Objetivando avaliar o efeito da DMG, utilizou-se 12 animais em treinamento para provas de enduro, dos quais seis receberam suplementação oral; utilizou-se delineamento inteiramente casualizado, com medidas repetidas no tempo. Foram coletadas amostras de sangue em sete tempos diferentes, a cada 15 dias; dessas amostras obteve-se valores das enzimas creatina quinase e aspartato aminotransferase e também valores de glicose e lactato, além de medições de freqüência cardíaca e respiratória. Após 30 dias da última amostragem, realizaram-se coletas de sangue em intervalos curtos de tempo, após exercício, a fim de se realizar uma curva de lactato, e também comparar dados analisados em laboratório com analisados via lactímetro. Dos dados analisados, houve interação entre tempo e aumento da enzima creatina quinase, o que pode ser justificado pelo aumento da demanda muscular durante exercício físico constante. A enzima aspartato aminotransferase diminuiu com o passar do tempo, em ambos os grupos, porém oscilou dentro da normalidade, o que pode caracterizar baixa permeabilidade da membrana celular, comum em animais condicionados. A alteração da glicose foi a mesma ao longo do tempo para ambos os grupos. As médias de lactato não diferiram no grupo suplementado, mas sua variação dentro do grupo não suplementado sugere que a suplementação com DMG pode influenciar na manutenção da integridade muscular. Em comparação entre as formas de dosagem do lactato plasmático, pode-se concluir que o lactímetro é uma ferramenta eficaz na obtenção de dados a campo, pois suas médias não diferiram das médias de lactato obtidas através de análise laboratorial. A suplementação oral com dimetilglicina não influenciou o desempenho atlético de cavalos em treinamento para enduro equestre.