O dialeto trentino da colônia tirolesa de Piracicaba: aspectos fonéticos e lexicais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Leopoldino, Everton Altmayer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8148/tde-14052015-132609/
Resumo: A Colônia Tirolesa de Piracicaba, no estado de São Paulo, é formada por dois bairros rurais, Santana e Santa Olímpia, e preserva o dialeto trentino (ali chamado tirolês) desde os anos de sua fundação, entre 1892 e 1893. O dialeto trentino ainda falado pelos descendentes mais velhos da comunidade foi trazido pelos fundadores da colônia, imigrantes saídos de Romagnano, Sardagna, Cortesano, Vigo Meano e Albiano, localidades próximas à cidade de Trento (em alemão, Trient), capital do antigo Principado Episcopal de Trento no interno do domínio austríaco e no Sacro Império Romano-Germânico até 1810, centro cultural e administrativo do Tirol Italiano (em alemão Welschtirol) no governo austro-húngaro de 1864 a 1918, e atual capital administrativa da Província Autônoma de Trento e da Região Autônoma Trentino-Tirol do Sul, pertencente à Itália desde 1919. O presente trabalho propõe analisar os aspectos fonéticos e lexicais do trentino piracicabano em suas duas variantes dialetais, próprias a cada um dos bairros que compõem, juntos, a Colônia Tirolesa de Piracicaba, confrontando algumas de suas principais características com o atual dialeto trentino europeu do Vale do Ádige, na Itália, e apresentando os resultados fonéticos e lexicais do contato linguístico entre o dialeto trentino e o português brasileiro da região de Piracicaba. Acreditamos que as análises servirão para um melhor conhecimento sobre a realidade linguística da colonização tirolesa, bem como para uma compreensão mais abrangente acerca da imigração trentina no interno da comumente chamada imigração italiana no Brasil, demonstrando que aspectos como a identidade, a memória e, sobretudo, a diversidade linguística, são importantes na composição social dos brasileiros.