Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pedroso, Paulo Segato |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-06012022-172331/
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Resumo: |
A crescente preocupação com as perdas e os desperdícios de alimentos foi evidenciada pela FAO no início do século XXI. Gustavsson et al. (2011), apontaram que cerca de um terço da produção de alimento é desperdiçada ou perdida ao longo da cadeia de oferta de alimentos. Segundo a FAO (2015), enquanto frutas e vegetais tinham uma taxa de perda ou desperdício de 45%, os produtos lácteos tinham uma taxa de perda ou desperdício de 20%. Segundo Henz e Porpino (2017) o Brasil se comprometeu com as Nações Unidas em ter como um de seus objetivos até 2030 a redução das perdas e desperdícios de alimentos ao longo da cadeia de oferta do alimento. O objetivo deste trabalho é caracterizar os determinantes das perdas de frutas e hortaliças na cidade de Piracicaba, situada no estado de São Paulo, no ano de 2020, com base na percepção dos estabelecimentos revendedores. A pesquisa possui caráter exploratório-descritivo de estudo de caso, com uma investigação empírica no município para obtenção dos dados primários por meio da realização de questionários e entrevistas nos estabelecimentos revendedores de hortifrútis, a fim de direcionar pesquisas futuras que possam estar alinhadas com a redução das perdas e desperdícios. Foram entrevistados 39 estabelecimentos. Como resultado, os supermercados foram os estabelecimentos entrevistados que apresentaram maior perda de hortaliças e de frutas, apresentando uma perda média de 36% e 28,75% da quantia adquirida. Os estabelecimentos que apresentaram menor perda média de hortaliças foram as feiras, com uma perda média de 16% da quantidade adquirida, enquanto os estabelecimentos que apresentaram menor perda de frutas foram as hortas, com 15% de perda média da quantidade adquirida. Dos estabelecimentos entrevistados, 94,7% afiram que apenas 0-10% dos alimentos que chegam até eles estão sem condição de ir para venda. Os produtos que apresentaram maior perda nos estabelecimentos entrevistados foram as verduras, sendo que 43% dos estabelecimentos os classificaram como aqueles com maiores perdas. Os legumes são os produtos que apresentam menor perda, segundo 54% dos estabelecimentos entrevistados em Piracicaba. Dentre os fatores que mais contribuem para a perdas nos estabelecimentos, o fator primordial é o calor excessivo, apontado por 69% dos estabelecimentos. A aparência foi apontada por 95% dos estabelecimentos como muito importante, assim, quando o calor excessivo impacta no processo de maturação dos alimentos, este colabora com as perdas. Dos estabelecimentos entrevistados, 57,8% apresentam alguma destinação comercial para os alimentos que não foram adquiridos, mas que ainda estão em condição do consumo. 57% dos estabelecimentos entrevistados responderam que os consumidores são muito importantes para a grandeza das perdas, desde o manuseio no estabelecimento, até o poder de demanda que estes oferecem. Dos estabelecimentos entrevistados, 90% possuem alguma ação contra as perdas, mas 33% afirmaram que há falta de equipamentos em seu estabelecimento para melhor conservação dos hortifrútis, e 18% afirmaram que não possuem um método de conservação adequado de um dia para outro. Assim, 95% dos estabelecimentos responderam ser muito importante combater as perdas de hortaliças e frutas. |