Resoluções estaduais paulista e o professor interlocutor: reflexões dos surdos sobre os processos de escolarização

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Salvador, Samara de Jesus Lima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-02082017-115148/
Resumo: Desde 2005 a presença de Tradutores e Intérpretes de Libras tornou-se obrigatória nos espaços escolares que possuam alunos surdos matriculados. No entanto, até hoje, este cargo não foi criado pelo Estado de São Paulo, razão pela qual o profissional contratado para exercer esta função na rede estadual de ensino foi denominado Professor Interlocutor (PI). Com o propósito de investigar a realidade vivida pelos alunos surdos nas escolas estaduais paulista, foi delineada esta pesquisa. Seus principais objetivos são compreender como o profissional PI é concebido pelas Resoluções da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, quais as condições concretas de trabalho são a ele oferecidas e quais as implicações desta realidade para os processos educacionais dos surdos a partir do olhar dos próprios alunos. Para a concretização deste último objetivo, foi realizada uma entrevista coletiva com dois alunos surdos matriculados no ensino médio de uma escola estadual. Frente à realidade vivenciada pelos surdos no espaço escola e às lacunas nas políticas estaduais, que não asseguram condições objetivas para seus processos educacionais, conclui-se, em consonância com os entrevistados, que o melhor modelo educacional para surdos é a educação bilíngue em escolas de surdos e, posteriormente, em classes bilíngues nas escolas regulares, acompanhados de intérpretes formados, conforme disposto na legislação federal. Reitera-se, com esta pesquisa, a necessidade de estudos que se proponham a ver o que os surdos têm a dizer e, portanto, contribuir para a construção de uma realidade educacional que, efetivamente, os respeite em sua diferença sociocultural e linguística.