Persistência ambiental fotoquímica de pesticidas em águas superficiais.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rocha, Carolina Mendes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3137/tde-17012022-125223/
Resumo: Conhecer a persistência fotoquímica de pesticidas no meio ambiente se faz necessário para avaliação dos impactos que podem ser causados, uma vez que têm sido utilizadas quantidades expressivas desses compostos, sendo preciso garantir a preservação dos recursos hídricos por meio do entendimento dos processos que podem impactar a permanência no meio natural. Neste trabalho, foi investigado o comportamento fotoquímico de dois pesticidas, imidacloprido (IMD) e ametrina (AMT). Além de estudos da fotólise direta, também foram obtidas as constantes de taxa de reação de segunda ordem dos pesticidas com espécies reativas foto-induzidas-RPS (radicais hidroxila, HO; oxigênio singlete, 1O2; e estados excitados triplete da matéria orgânica cromofórica dissolvida,3CDOM* ) por meio do método de competição cinética, em pH 7. Os resultados mostraram que o rendimento quântico da fotólise direta sob luz solar dos pesticidas foram IMD = 1,23 × 10-2 mol Einstein-1 e AMT = 7,99 × 10-3 mol Einstein-1, valores baixos, justificando a degradação lenta dos pesticidas na ausência das RPS. As constantes de taxa de reação de segunda ordem entre IMD com radicais HO, 1O2 e 3CDOM* foram kIMD,HO, kIMD,1O2 e kIMD,3CDOM* foram (3,51 ± 0,06) × 109, (2,86 ± 0,65) × 105 e (3,17 ± 0,14) × 108 L mol-1s-1, respectivamente. Já para AMT, kAMT,HO, kAMT,1O2 e kAMT, 3CDOM* foram (4,97 ± 0,37) × 109, (3,43 ± 0,58) × 104 e (7,75 ± 0,80) × 108 L mol-1s-1, respectivamente. Simulações matemáticas realizadas utilizando o modelo cinético APEX, com base em concentrações típicas dos constituintes da água (NO3-, NO2-, CO32-, TOC) do rio Paranapanema (São Paulo, Brasil), indicaram que os tempos de meia-vida dos pesticidas devem variar entre 24,1 e 19,2 dias. Estudos da toxicidade com Daphnia similis mostraram a capacidade do poluente de atingir organismos não-alvo quando em água no rio. Já os testes de genotoxicidade com Allium cepa revelaram anomalias e aberrações cromossômicos causadas pelos pesticidas aos bulbos de cebola.