Efeitos do treinamento físico sobre a remoção plasmática de nanopartículas lipídicas que se ligam a receptores de LDL e sobre a oxidação da lipoproteína, em indivíduos hipercolesterolêmicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Ficker, Elisabeth Salvatori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5131/tde-04102007-123401/
Resumo: A hipercolesterolemia é o maior fator de risco para doença arterial coronária e é responsável por um número significante de doenças e mortes. Há evidências que o exercício físico diminui o risco cardiovascular exercendo efeitos benéficos sobre os fatores de risco, incluindo o metabolismo lipídico. Mudanças que ocorrem no metabolismo da LDL podem não ser detectadas através das dosagens rotineiras de lípides plasmáticos. Portanto, avaliamos os efeitos do exercício físico no metabolismo de uma nanoemulsão lipídica artificial com comportamento metabólico semelhante ao da LDL. Foram avaliados 12 indivíduos hipercolesterolêmicos sedentários (H) e 12 indivíduos normolipidêmicos sedentários (N) que foram submetidos a treinamento durante 4 meses. Nos grupos controle, foram estudados 8 indivíduos hipercolesterolêmicos sedentários controle (HC) e 8 indivíduos normolipidêmicos sedentários controle (NC) que não realizaram exercício físico. A emulsão marcada com éster de colesterol -14C (EC-14C) foi injetada endovenosamente. Amostras de sangue foram coletadas em tempos prédeterminados (5 min, 1, 2, 4, 6, 8, 24 horas) após a injeção, para determinação da radioatividade, das curvas de decaimento plasmático e cálculo da taxa fracional de remoção (TFR) dos lípides marcados, por análise compartimental. As avaliações foram feitas antes e após o protocolo de treinamento físico e nos grupos controle foram realizadas 2 avaliações, sendo a segunda 4 meses após a primeira. No grupo H, as concentrações plasmáticas de colesterol total e LDL-c diminuíram (5%, p= 0,0334 e 14%, p= 0,0058), respectivamente, enquanto que, HDL-c, TFR-EC-14C e lag time aumentaram (13%, p= 0,0142; 36%, p= 0,0187; 37%, p= 0,0039), respectivamente após o treinamento físico. No grupo N, a concentração plasmática da HDL foi maior (15%, p= 0,0243), após o treinamento. Nos grupos HC e NC os parâmetros avaliados foram semelhantes. Portanto, o exercício físico acelera a remoção plasmática da LDL em indivíduos hipercolesterolêmicos, indicado pela maior TFR-EC-14C. Este efeito pode ser um dos mecanismos pelos quais o exercício previne a doença arterial coronária.