Percepção, recordação e linguagem - ensaio e ficção em El río sin orillas, de Juan José Saer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Checchia, Cristiane
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-05032013-101500/
Resumo: Este trabalho objetiva percorrer a partir de El río sin orillas os núcleos irradiadores fundamentais da poética do escritor argentino Juan José Saer (1937-2005), procurando analisar a matéria comum e as especificidades entre a escrita do ensaio e a prosa ficcional do autor. Publicado originalmente em 1991, El río sin orillas indaga sobre a história, a literatura e o imaginário cultural da sociedade argentina a partir de sua relação com o Rio da Prata. Ao longo da leitura de El río sin orillas, propõe-se ainda promover um diálogo do texto com a tradição do ensaísmo hispano-americano e, mais precisamente, com uma tradição de textos que o próprio Saer põe em evidência ao valorizar o caráter inclassificável de algumas obras. A partir destes objetivos principais, foram selecionados temas e questões que permitem analisar em El río sín orillas o deslocamento em dupla mão entre a escrita ensaística e a ficcional, bem como a tênue linha de fronteira que persiste entre os dois campos discursivos: o problema dos gêneros literários e a tradição das obras inclassificáveis; o entre-lugar estrangeiro; a literatura pensada pelo autor como uma antropologia especulativa; a invenção do passado; a violência e a política; a criação da geografia singular da zona saeriana.