Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Sá-Rocha, Vanessa de Moura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-23032007-183834/
|
Resumo: |
O objetivo do presente trabalho foi investigar as repercussões de uma relação social estável sobre diferentes parâmetros de comportamento, neuroquímica e atividade imune de camundongos dominantes e submissos. Machos adultos (com aproximadamente 90 dias de idade) mantidos em duplas desde o desmame, foram determinados como dominantes ou submissos, após três avaliações consecutivas do comportamento, onde foram observadas a presença ou ausência de ataques ou fugas e posturas de submissão. Em alguns experimentos, grupos de cinco animais mantidos em uma mesma caixa foram utilizados para comparação com resultados obtidos de animais que conviveram em duplas. Foram utilizadas apenas as duplas de camundongos onde a hierarquia social foi claramente observada. Os resultados mostraram que os animais submissos apresentaram em relação aos dominantes: 1) diminuição no tempo gasto na zona central do campo aberto; 2) diminuição no número de entradas nos braços abertos e diminuição no tempo gasto na exploração dos braços abertos do labirinto em cruz elevado; 3) aumento no tempo gasto na exploração dos braços fechados do labirinto em cruz elevado; 4) diminuição no número de entradas e no tempo gasto na exploração do terço final dos braços fechados do labirinto em cruz elevado; 5) aumento na taxa de renovação de dopamina no hipotálamo; 6) diminuição da taxa de renovação de dopamina no corpo estriado; 7) maior número de metástases induzidas pelo melanoma murino experimental B16F10; 8) aumento do percentual de células T CD8+ no timo após 14 dias de inoculação do mesmo melanoma; 9) diminuição no burst oxidativo basal de neutrófilos e monócitos sangüíneos, mas não naquele induzido por bactérias; 10) menor atividade de células NK presentes no baço e no sangue. Em relação aos animais mantidos em número de cinco, os animais submissos apresentaram: menor percentual de células NK no sangue. Já os animais dominantes, apresentaram em relação aos animais mantidos em grupos: 1) aumento da taxa de renovação de noradrenalina no hipotálamo; 2) aumento na taxa de renovação de dopamina no corpo estriado; 3) menor percentual de células NK no sangue. O status social, no entanto, não provocou diferenças: 1) nos níveis absolutos de dopamina, noradrenalina e serotonina; 2); nos metabólitos de serotonina; 3) nos níveis séricos basais de corticosterona; 4) no peso e número de células do baço e timo; 5) no percentual de células T CD4+ e CD8+ no baço e 6) no percentual de linfócitos, neutrófilos e monócitos sangüíneos. Em conjunto, os presentes resultados mostraram que animais dominantes e submissos mantidos por 90 dias em uma hierarquia social estável, apresentaram diferenças comportamentais e neuroquímicas, e responderam de forma diferente a um mesmo estímulo imune, no caso, o desenvolvimento de metástases induzida nos pulmões pela administração do melanoma experimental murino B16F10. Estes resultados sugerem que diferentes mecanismos, que não a ativação do eixo HPA, estejam envolvidos com o aumento de susceptibilidade ao desenvolvimento do tumor observado nos indivíduos submissos |