Comparação dos métodos lignina detergente ácido (LDA), lignina permanganato de potássio (LPer), lignina Klason (LK) e lignina brometo de acetila (LBA) na determinação do teor de lignina em plantas forrageiras e correlação com digestibilidade in vitro da matéria seca (DIVMS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Velasquez, Alejandro Vargas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-10092014-113254/
Resumo: O desempenho animal pode ser melhorado pelo incremento na digestibilidade dos alimentos. Um dos elementos neste processo é a acurada caracterização da composição química. Objetivando avaliar quatro métodos para determinar o teor de lignina, foram estudadas cinco gramíneas: Brachiaria brizantha cv. Marandú, Brachiaria brizantha cv. Xaraés (MG-5), Panicum maximum cv. Mombaça, Pennisetum purpureum cv. Cameroon e Pennisetum purpureum cv. Napier. As frações fibrosas da parede celular (PC), fibra em detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) aumentaram conforme as plantas amadureceram, refletindo as mudanças na composição dos componentes da parede celular (celulose, hemicelulose e lignina). Os valores de PC foram superiores aos da FDN indicando solubilização da pectina e outros oligossacarídeos da parede celular na solução de detergente neutro. O método LDA apresentou os menores teores de lignina, evidenciando a solubilização de parte da lignina na solução de detergente ácido. Os resultados de LPer foram maiores que os de LDA, que pode ser devido à oxidação da celulose e pectina pelo permanganato de potássio. Os teores de LK foram maiores que os de LDA possivelmente por contaminação protéica, mas, menores que os de LPer. Os teores de LBA foram maiores que os outros três métodos. A digestibilidade acompanhou, de forma inversa, o estádio de maturidade das plantas. A digestibilidade in vitro apresentou forte correlação negativa com os teores de lignina para todos os métodos, menos para LPer. Encontrou-se um valor de relação de 2,23, entre os métodos LDA e LBA, que, ao ser aplicado, nos teores de LDA, resultou em reta similar ao da LBA. Chama a atenção como este valor de 2,23 é muito próximo ao 2,4 utilizado nas equações B2 e C das frações de carboidratos do \"Cornell Net Carbohydrate & Protein System\" e nas equações do National Research Counsil de 1996, para corrigir o teor de lignina. O método LBA é um método fácil e conveniente para determinar a concentração de lignina em forrageiras e uma boa opção para uso rotineiro nas análises de laboratório.