Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Vinícius Detoni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-14022019-105649/
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Resumo: |
O conhecimento atual sugere que a neurogênese adulta é um mecanismo de plasticidade importante para a manutenção da homeostasia cerebral e conservado no cérebro de mamíferos. A neurogênese adulta pode ser modulada negativamente por exposição prolongada ao estresse e positivamente por fármacos antidepressivos. Nesse sentido, utilizamos o modelo de estresse crônico imprevisível (CUS) para mimetizar em animais o impacto da exposição crônica ao estresse sobre o comportamento e sobre a neurogênese adulta. A administração crônica de antidepressivos pode atenuar o aparecimento de respostas comportamentais em animais submetidos ao CUS, embora exista uma considerável latência para o surgimento desses efeitos. Recentemente, o canabidiol (CBD) emergiu como um novo fármaco com potencial terapêutico para tratamento de transtornos psiquiátricos, como a ansiedade e capaz de reduzir a latência para início dos efeitos em relação aos antidepressivos clássicos, sendo os mecanismos até então pouco compreendidos. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar se o tratamento com CBD ou escitalopram (ESC) durante 7 ou 14 dias é capaz de atenuar respostas comportamentais do tipo ansiogênica em animais submetidos ao CUS e observar se esse efeito poderia correlacionar-se a diferentes mecanismos relacionados à neurogênese adulta. Para isso, camundongos C57BL/6 machos foram divididos em 6 grupos. Os animais de cada grupo receberam somente um tratamento: CBD (30mg/Kg), ESC (20mg/Kg) ou veículo diariamente durante 7 (n=9-10=grupo) ou 14 dias (n=6-10/grupo) de maneira independente e foram submetidos ou não ao CUS durante o mesmo período. Um dia após o último tratamento, os animais foram submetidos ao teste do Novelty Supressed Feeding (NSF). Além disso, foram realizadas análises de proliferação celular (Ki67), da sobrevivência celular (BrdU) e de marcadores associados a distintos tipos celulares (Sox2 e DCX). Os resultados obtidos no presente trabalho sugerem que o CBD é capaz de prevenir os efeitos do estresse crônico em protocolos de 7 e 14 dias de tratamento, enquanto que o antidepressivo escitalopram previne os efeitos do estresse apenas no protocolo de 14 dias. Além disso, o estresse não alterou significativamente a taxa de sobrevivência celular em ambos protocolos, mas promoveu redução da proliferação celular em 7 dias. Além disso, observou-se uma redução do número de células DCX+ no grupo dos animais estressados/veículo em relação ao grupo de animais controle/veículo no protocolo de 7 dias, diferença esta não encontrada no protocolo de 14 dias. Com relação ao efeito dos tratamentos, encontramos que o CBD ou ESC não previnem a redução da proliferação celular mediada pelo estresse, mas previnem a redução de células DCX+ no protocolo de 7 dias. Os resultados encontrados no presente trabalho sugerem que o CBD pode prevenir os efeitos do estresse em um menor período de tempo quando comparado ao ESC. Porém, o presente trabalho não demonstrou alteração significativa nos parâmetros relacionados à neurogênese, tampouco modulação diferencial entre os fármacos |