Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Prado, Maíra Rocha de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-23052018-103527/
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Resumo: |
Nos últimos anos, a prescrição e o consumo de medicamentos psicotrópicos vêm aumentando ao redor do mundo, crescendo assim a presença destes compostos em efluentes. Embora os esgotos domésticos e hospitalares em geral sejam encaminhados para as Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs), o tratamento convencional aplicado não é eficiente na remoção da maioria dos fármacos e, consequentemente, estes poluentes alcançam os corpos hídricos. Frente a essas informações, é importante entender os possíveis danos causados tanto para seres humanos, como para o ecossistema como um todo, após a exposição a esses fármacos, por meio da água contaminada. Desta maneira, nossa hipótese é que os fármacos psicotrópicos presentes em amostras de água possam induzir a danos neuronais e no desenvolvimento de organismos não alvo, como peixes. Para responder a esta hipótese, avaliamos os efeitos teratogêncios e neurotóxicos de fármacos psicotrópicos como venlafaxina, haloperidol, carbamazepina e fluoxetina, por meio da análise de parâmetros de letalidade e sub-letalidade nos em Danio rerio, visando a determinação dos possíveis efeitos teratogênicos. Adicionalmente, utilizamos a determinação da atividade da enzima acetilcolinesterase como biomarcador de neurotoxicidade em larvas, após a exposição dos embriões e a avaliação do padrão de movimentação. Os fármacos foram testados individualmente e em misturas, para avaliar os efeitos da co-exposição, simulando um cenário mais real de contaminação aquática. Os resultados mostraram que os fármacos carbamazepina e venlafaxina não apresentaram nenhum dos efeitos analizados de forma estatisticamente significativa. Já os fármacos haloperidol e fluoxetina, mesmo não apresentando efeito sobre a teratogenicidade e movimentação, provocaram um aumento na atividade enzimática, em doses consideradas bastante baixas. Considerando que esta estimulação inicial voltou a níveis próximos ao controle negativo e, no caso da fluoxetina, um estudo inibição da atividade em doses mais altas, sugerimos a manifestação de hormesis. A mistura dos fármacos não apresentou efeito significativo nas avaliações realizadas, mostrando que o aumento da atividade enzimática dfoi antagonizado na quando em mistura. Nosso trabalho mostra a importância do estudo de toxicidade em doses baixas, para que uma correta avaliação do risco seja possível. |