Paisagem fluvial urbana: percursos e percepções na cidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mendonça, Rebeca Goldstein de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-07032016-185546/
Resumo: Os rios paulistanos foram, ao longo dos anos, acumulando funções que muitas vezes eram contraditórias, o que transformou as várzeas em áreas de conflitos econômicos, ambientais e sociais. Paralelamente, teve lugar um processo de apagamento da rede hídrica da superfície da cidade, o que resultou em sua ocultação da paisagem, privando a população de um convívio mais próximo e casual. Esta perda do contato com os rios - e com a própria cidade - foi sentida por uma parcela da sociedade que busca, atualmente, retomar uma relação perdida por meio de iniciativas de seus vários setores. Neste caminho, encontra-se esta pesquisa que busca através dos percursos urbanos, refletir sobre as possibilidades de resgate da rede hídrica, identificando no ambiente urbano uma série de oportunidades e formas de requalificação daquela - desde ações mais radicais até a sutileza do redesenho de caminhos que poderão registrar a sua memória e voltar a fazer parte do imaginário da população. Buscando entender a relação que as pessoas estabelecem ou poderiam estabelecer com os cursos d\'água do seu cotidiano, a metodologia utilizada foi a da pesquisa qualitativa, com a técnica da entrevista em profundidade. Pudemos identificar, com a pesquisa, que o sentido positivo atribuído anteriormente aos rios paulistanos, alterou-se na medida em que estes se descaracterizavam - na atualidade, são identificados, muitas vezes, como esgoto. Entretanto, identificamos, igualmente, o afeto latente na relação da população com os cursos d\'água e o desejo forte de reversão desses nocivos processos, o que nos conduz a uma otimista perspectiva de reconfiguração da paisagem urbana na perspectiva de uma expressiva requalificação de sua rede hídrica, com a anuência e a participação da sociedade nesse caminho.