De Newton a Kant: a metafísica e o método da ciência da natureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Barra, Eduardo Salles de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-08122022-135418/
Resumo: Uma leitura das filosofias dos sécs. XVII e XVIII no contexto dos problemas metafísicos e metodológicos colocados pela ciência newtoniana. Procura-se, inicialmente, reconstruir esse contexto a partir das tentativas de Newton, Clarke e Hume de esclarecer o estatuto ontológico e epistemológico das entidades teóricas envolvidas na teoria da gravitação universal, principalmente em resposta às críticas feitas por Leibniz. À luz desse contexto, analisa-se a filosofia transcendental de Kant, em particular as suas condições de uso e aplicação empírica, que lhe conferem o caráter de uma autêntica \"metafísica da natureza\". Mostra-se que a metafísica kantiana da natureza incorpora duas dimensões, formal e material; cada qual com uma função distinta na fundamentação dos princípios nomológicos e metodológicos da ciência da natureza: a primeira fundamenta o emprego de conceitos e princípios matemáticos e dinâmicos, enquanto a segunda fundamenta o emprego das máximas do método experimental. Discute-se o problema da unidade metodológica da ciência da natureza, em virtude da impossibilidade de unificação da metafísica da natureza.