Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gerson Novais |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-20122023-154954/
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Resumo: |
Introdução - A partir da análise do processo histórico sobre o desenvolvimento da Educação Ambiental no mundo e também no Brasil, considerando o conceito de que a Educação Ambiental deve ser abordada de maneira interdisciplinar, mostra a fragmentação do conhecimento, uma prática comum no século passado, como um dos motivos pelo qual a Educação Ambiental encontra alguns entraves na sua consolidação. Como ocorre na Rede Pública Estadual de Ensino de São Vicente, os projetos de Educação Ambiental fundamentados neste modelo, em geral, não permitem uma participação efetiva da população e demais segmentos da sociedade, conseqüentemente falhando quanto ao próprio processo educativo. Para que os projetos de Educação Ambiental atinjam seus objetivos é necessário que os mesmos sejam bem elaborados por pessoas capacitadas, tanto no aspecto ambiental como no pedagógico. O Objetivo é demonstrar e analisar como hoje encontra-se a formação e a capacitação dos educadores que devem exercer a Educação Ambiental Formal nas escolas estaduais da cidade de São Vicente, pois a partir do momento que se identifica e entende os problemas, suas causas e conseqüências, torna-se possível traçar estratégias para saná-los. A Metodologia usada para coleta de dados ocorreu com a aplicação de questionários contendo questões que permitiram a análise qualitativa dos dados obtidos por meio das respostas dos educadores participantes da pesquisa. A aplicação dos questionários ocorreu após prévia aprovação do Comitê de Ética em Pesquisas e o consentimento esclarecido dos educadores participantes. Os sujeitos foram educadores do ensino fundamental Ciclo II e ensino médio, de ambos os sexos, que atuam nas escolas estaduais do município de São Vicente. Os principais Resultados apontam para um quadro no qual praticamente todos educadores que responderam o questionário consideraram os conhecimentos sobre educação ambiental importantes para prática docente, porém grande parte deles respondeu que nunca participou de cursos relacionados ao tema. Outra constatação é que mais de metade dos educadores participantes possuem o entendimento de que a educação ambiental deve contemplar a formação de atitudes para preservação e conservação do ambiente, sendo que dentre estes apenas um pequeno grupo de educadores possui o entendimento atualizado de educação ambiental e sustentabilidade, os demais educadores dividiram-se, em número parecido, entre os que apresentaram o entendimento conservacionista de educação ambiental e aqueles que possuem entendimento superficial e/ou conhecimentos difusos sobre o tema. Em menor número, um grupo de educadores afirmou que possui o entendimento que a educação ambiental tem a função de transmitir e informar conhecimentos sobre o meio ambiente. Quanto às estratégias utilizadas para trabalhar o tema nas aulas, a maior parte dos educadores afirmou que concentram suas ações em processos de informação e transmissão de conteúdos sobre meio ambiente, sendo que aproximadamente metade destes educadores informou utilizar a leitura e interpretação de textos relacionados ao tema. Uma pequena parcela dos educadores afirmou que desenvolviam atividades que visavam ações (limpeza de praias, rios e escola, separação do lixo, estudo do meio, entre outras) num sentido conservacionista, porém reproduzindo práticas da escola tradicional. Conclusões: Apesar de quase a totalidade dos educadores que participaram do estudo ter considerado importante possuir conhecimentos sobre educação ambiental, apenas uma pequena parcela desses educadores afirmou já ter participado de algum processo de formação continuada que contemplou esses conteúdos. O grande número de educadores que não atualizaram seus conhecimentos em educação ambiental caracteriza-se como um aspecto dificultador no desenvolvimento de práticas educacionais adequadas. Ficou evidenciado nas respostas que nem sempre é culpa dos educadores a ausência da formação continuada, mas que esta ocorre muitas vezes pela falta de programas de formação acessíveis para esses profissionais, seja pela questão financeira ou pelo fator tempo. É fundamental que o governo estadual incorpore a dimensão socioambiental nos cursos de aprimoramento desenvolvidos para os profissionais da educação e amplie as possibilidades de financiamento para que os profissionais possam desenvolver seus estudos em instituições externas, tudo em conjunto com ações que priorizem a implementação da educação ambiental nas escolas. |