Participação da triiodotironina (T3) na regulação da expressão de genes em cardiomiócitos de ratos : estudos in vivo e in vitro.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ract, Erika Lia Brunetto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-19032012-133606/
Resumo: Os hormônios tireoidianos (HTs) promovem suas ações através de mecanismos genômicos, porém, há inúmeras evidências de que o HT também promove efeitos que ocorrem em curto espaço de tempo (poucos minutos), e que independem de, as quais são conhecidas como ações não genômicas ou extranucleares. É sabido que, na insuficiência cardíaca ocorre uma menor expressão dos receptores nucleares de T3, o que reduz em muito os efeitos cardioestimulantes deste hormônio, sendo muito vantajoso numa situação de contenção energética. Assim, o presente estudo visa avaliar o efeito agudo (não genômico) da administração de T3 sobre a translocação e expressão do GLUT4, e de proteínas-chave da atividade cardíaca, como GLUT1, Mb, SERCa2a, <font face=\"Symbol\">&#945; e <font face=\"Symbol\">b miosina, em: (1) ratos submetidos ou não à insuficiência cardíaca através de cirurgia de estenose aórtica, bem como em (2) cultura primária de cardiomiócitos neonatos e adultos. Nos modelos in vivo, observamos que, após 30 min da administração do T3 no grupo portador de ICC, há um aumento da expressão do mRNA do GLUT1, GLUT4 e Mb e da proteina GLUT1 e GLUT4. Quanto aos genes relacionados à função cardíaca, Atp2a2, Myh6 e Myh7, o tratamento com T3 por 30 min nos ratos portadores de ICC promoveu redução do conteúdo de mRNA dos três genes, bem como da proteína da beta MHC. O conteúdo de SERCa2a e da alfa MHC não se alterou em 30 min, mas aumentou após o tratamento com T3 por 60 min. No modelo in vitro de cardiomiócitos de neonatos, tivemos evidências de modulação do conteúdo de mRNA e proteínas, após 30 e 45 min, após a adição de T3 em diferentes doses (10-9 a 10-6 M). Quando avaliamos o efeito do T3 sobre o conteúdo de mRNA nos cardiomiócitos de adultos em cultura, também observamos uma resposta aleatória, não dependente de dose. O conjunto desses resultados aponta para a existência de um controle pós-transcricional do T3 sobre a expressão dos genes alvo desse estudo, podendo induzir uma melhora na função cardíaca na vigência de uma ICC, uma vez que essas ações são rapidamente desencadeadas e são fugazes, impedindo que os efeitos cardioestimulantes persistam, o que poderia ser deletério.