Em busca da sustentabilidade econômico-financeira de organizações gestoras de parques tecnológicos: proposta de modelo de negócio no contexto brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Figlioli, Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-11102013-185129/
Resumo: Os parques tecnológicos são habitats de inovação que estão espalhados por quase todos os países do mundo. Assim como qualquer empreendimento, os parques demandam o estabelecimento de uma organização que realize a gestão executiva do empreendimento, que, no caso dos parques, contempla tanto aspectos imobiliários quanto os relacionados a ciência, tecnologia e inovação. Desta forma, o modelo de negócio da organização gestora, ou seja, a forma pela qual tal organização estrutura seus serviços e infraestruturas visando resultados que permitam a continuidade de suas atividades e a geração de retorno ao investimento recebido, precisa estar adequado ao contexto financeiro. Neste sentido, emerge a pergunta de pesquisa: Qual o modelo de negócio de organizações gestoras de Parques Tecnológicos que leva à sustentabilidade econômico-financeira das mesmas no contexto brasileiro? Esta pesquisa tem como foco o entendimento do modelo de negócio de tais organizações visando propor um modelo no contexto brasileiro, que se adeque às características do empreendimento \"parque tecnológico\" e que permita uma menor dependência de recursos públicos para a sua operacionalização. A partir de abordagem qualitativa e exploratória, fortemente enraizada nos dados, foram elaborados os casos de organizações gestoras de parques de diferentes naturezas, quais sejam: a) Núcleo de Gestão do Porto Digital (Porto Digital/Recife/ Brasil), COPPETEC (Parque Tecnológico do Rio/ Rio de Janeiro/ Brasil), departamento da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc/ Porto Alegre/ Brasil), Bidwells (Cambridge Science Park/Cambridge/ Inglaterra); departamento da University of Surrey (Surrey Research Park/Surrey/Inglaterra), e Birmingham Science Park Aston Ltd (Birmingham Science Park Aston/ Birmingham/ Inglaterra). A proposição dos elementos do modelo de negócios levou em consideração a revisão bibliográfica e as práticas observadas nos estudos de caso. O modelo passou por avaliação crítica de especialistas e, a partir dos parâmetros do mesmo, foi realizado um ensaio de viabilidade financeira. Dos ajustes promovidos pela análise crítica e pelo ensaio de viabilidade, foi realizada a proposição final do modelo, que contempla os componentes do modelo de negócio para uma gestora de parque tecnológico instituída como organização privada sem fins lucrativos. Em relação à literatura relacionada a ambientes de inovação, esta tese contribui de forma original na medida em que trata de assunto ainda pouco estudado, ainda mais considerando o nível de detalhamento apresentado. Apesar de já ser utilizado como ferramenta na avaliação de negócios inovadores, a utilização de forma exploratória do modelo de negócio vinculado à operação de organizações gestoras de parques é algo ainda não utilizado em publicações acadêmicas e, portanto, uma aproximação diferenciada do tema. Ainda, a tese apresenta, de forma detalhada, os principais componentes de receitas e custos deste tipo de empreendimento e suas possibilidades jurídicas de operação no contexto brasileiro, ao mesmo tempo que lança críticas sobre tal contexto. Esta pesquisa sistematizou elementos que antes haviam sido estudados de forma individualizada e os coloca na perspectiva de um outro conjunto de elementos (modelo de negócio) que necessitam ser complementares e ajustados a um contexto para que a operação do parque possa acontecer com a menor dependência de recursos públicos. Nesta perspectiva, esta tese pode contribuir, na prática, para a estruturação das organizações gestoras dos parques e lança a sugestão do estudo de novos modelos que contemplem características diferentes e que estariam dentro de um contexto institucional também diferente, que não era escopo desta pesquisa.