Avaliação de fatores de risco para estomatite relacionada à prótese e de biomarcadores locais e sistêmicos de inflamação - estudo transversal observacional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Clemente, Lorena Mosconi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58131/tde-10112023-172549/
Resumo: Objetivo. Avaliar fatores de risco para estomatite relacionada à Prótese (ERP) e biomarcadores locais e sistêmicos de inflamação, comparando indivíduos com e sem ERP. Material e Métodos. Para este estudo transversal observacional, 27 participantes sem ERP (Grupo 0), 24 com ERP moderada (Grupo 1) e 25 com ERP grave (Grupo 2) foram avaliados quanto a parâmetros sociodemográficos, comportamentais e clínicos, carga microbiana de Candida spp., Staphylococcus spp., Streptococcus mutans, Pseudomonas spp. e enterobactérias, e níveis de citocinas e proteína C-reativa. Os dados foram analisados pelo teste ANOVA, teste exato de Fisher, teste de Kruskal-Wallis, teste de Mann-Whitney, teste de Wilcoxon e teste de Qui-quadrado de Pearson(α=0,05). Resultados. O Grupo 1 apresentou média de idade significativamente maior em relação aos demais grupos (P=0,018), mas não foi identificada correlação entre idade e ERP (P=0,830; r=0,025). Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos para outras características sociodemográficas e comportamentais. O Grupo 1 tinha próteses superiores e inferiores significativamente mais velhas; no entanto, não foi identificada correlação entre idade das próteses superiores (P=0,522; r=0,075) e inferiores (P=0,143; r=0,195) e ERP. Os grupos 1 e 2 apresentaram maior carga microbiana de Candida albicans nas próteses totais e Candida spp. no palato quando comparados ao grupo 0. A contagem de Candida spp. nas próteses dos grupos 1 e 2 foram similares entre si e maiores que as próteses do grupo 0. Não houve diferença significativa entre os grupos para a contagem de bactérias analisadas. O grupo 1 apresentou níveis salivares mais elevados de IL-6 e o grupo 2, níveis intermediários em comparação ao grupo 0. Não houve diferença nos níveis de proteína C-reativa entre os grupos. Conclusões. A carga microbiana de Candida spp. é o fator de maior relação com a ERP, com capacidade de sinalização local de inflamação por meio da IL-6.