Utilização da análise por envoltória de dados (DEA) na análise de demonstrações contábeis.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Casa Nova, Silvia Pereira de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-11122002-092458/
Resumo: As demonstrações contábeis divulgadas pelas empresas têm sido objeto de diversos estudos. Tem-se tentado com as informações contábeis derivar modelos de orientação para investidores e credores, por meio da chamada análise de balanços. Muitos livros foram escritos sobre análise de balanços. O tema transformou-se em disciplinas em cursos de graduação e pós-graduação. E, para alguns, mais do que uma técnica, a análise de balanços, ou ainda, a análise de demonstrações contábeis, é uma arte. Construíram-se indicadores de previsão de insolvência, com base em instrumentos quantitativos sofisticados. ALTMAN (1968) foi precursor da aplicação de métodos quantitativos em informações contábeis com a finalidade de desenvolver modelos de previsão de falência. No Brasil, o estudo pioneiro é de Stephen Charles KANITZ (1974), que originou seu livro Como prever falências. Posteriormente, outros pesquisadores brasileiros desenvolveram modelos semelhantes, utilizando-se de técnicas estatísticas de regressões, análises fatoriais e discriminantes, redes neurais e outras (ELIZABETSKY, 1976; MATIAS, 1978; CORRAR, 1981; PEREIRA DA SILVA, 1982; ALMEIDA, 1993; MATIAS e SIQUEIRA, 1996). E esses mesmos balanços têm sido utilizados em estudos que buscam definir a excelência do desempenho das empresas. Foi também KANITZ que iniciou, em 1974, os estudos do que se consolidou na publicação Melhores e Maiores, da revista Exame. Hoje, sob a supervisão técnica de Nelson CARVALHO e Ariovaldo dos SANTOS, a publicação é aguardada pelo meio empresarial, que voluntariamente envia suas informações para a escolha da Melhor Empresa do Ano. A qualidade das informações contábeis divulgadas pelas empresas tem sido, portanto, amplamente discutida. E a transparência na divulgação das demonstrações financeiras está sendo relacionada ao exercício da responsabilidade social das empresas. Propôs-se a agregação às demonstrações tradicionalmente divulgadas do chamado Balanço Social, movimento que se iniciou na França em 1977 e chegou ao Brasil. Com informações sociais que abrangem dados sobre o emprego, remuneração e encargos, condições de higiene e segurança e outras, inclui ainda uma nova demonstração, a Demonstração do Valor Adicionado, que permitiria o cálculo do Produto Interno Bruto, por meio da utilização das informações contábeis das empresas. Adicionar valor, e distribuí-lo, tem sido um objetivo que se alia à meta empresarial suprema de obter lucro. O presente estudo pretende apresentar uma contribuição à avaliação do desempenho econômico das empresas por meio da Análise de Demonstrações Contábeis. Para tanto, identificou-se junto às áreas de matemática, engenharia de produção e pesquisa operacional uma técnica desenvolvida recentemente (1978) e ainda hoje com poucos trabalhos realizados no Brasil: a Análise por Envoltória de Dados ou Data Envelopment Analysis (DEA). As informações contidas na base de dados de Melhores e Maiores de Fipecafi-Exame são utilizadas na proposição de uma metodologia de aplicação (modelo estruturado) de Análise por Envoltória de Dados ao processo de análise das demonstrações contábeis de empresas. A metodologia é apresentada por um estudo de caso das empresas do setor elétrico brasileiro. Suas vantagens e limitações são exploradas, comparativamente aos resultados obtidos pelo indicador de Excelência Empresarial de Melhores e Maiores e ao Retorno sobre o Patrimônio Líquido, indicador contábil tradicional. Para generalização da metodologia são utilizadas as informações das empresas do setor alimentício.