Romance de Melusina: linhagem, penitência e poder

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Amaral, Flávia Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-21112007-142629/
Resumo: No ano de 1392, João d\'Arras começa a escrever um romance a pedido de um poderoso príncipe francês e conhecido mecenas da época: o duque João de Berry. Essa obra descreve a fundação de uma fortaleza e conta as aventuras da linhagem que lá se originou: os Lusignan. No entanto, aquela não era uma história de pessoas comuns. Os Lusignan eram descendentes da fada Melusina que todos os sábados se transformava em serpente da cintura para baixo. Mas Romance de Melusina ou a História dos Lusignan não deve ser interpretado tendo em vista apenas o aspecto surpreendente da história narrada. O interesse do duque de Berry em encomendar uma narrativa dessa natureza é de importância fundamental para que se compreenda o motivo pelo qual se elaborou uma narrativa sobre uma linhagem, cujos descendentes já haviam se extinguido na França. O objetivo desse trabalho é a análise do Romance de Melusina, sob o ponto de vista histórico, levando em conta a especificidade desse gênero narrativo e as estratégias textuais do autor na construção dessa história. Nela são marcantes as idéias de linhagem, pecado e penitência e a forma como são evocadas para ligar os Lusignan a sua ancestral mítica, Melusina. Algumas questões como a justiça, a guerra e as Cruzadas estão presentes nesse romance tendo relação com o contexto de sua elaboração.