Transferência da política do tratamento diretamente observado da tuberculose segundo a perspectiva de profissionais de saúde de municípios prioritários do interior paulista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sousa, Luciana de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-24012018-110742/
Resumo: A tuberculose (TB) é considerada como um grave problema de saúde pública, e o Tratamento Diretamente Observado (TDO) é uma estratégia para minimizar o risco de abandono e aumentar as taxas de cura da doença. Os profissionais de saúde são atores importantes na transferência de política (TP) do TDO em todas as fases deste processo, incluindo a fase de manutenção e expansão. Dada a importância destes atores, a presente investigação propõe-se analisar a TP do TDO sob a ótica dos profissionais de saúde que atuam no controle da TB na Atenção Primária à Saúde (APS) de dois municípios prioritários, sendo estes: Indaiatuba e Piracicaba. Trata-se de um estudo exploratório descritivo de corte transversal, cuja coleta ocorreu no período de junho a agosto de 2016. Participaram do estudo 98 profissionais de saúde de ensino médio e superior (técnico/auxiliar de enfermagem, enfermeiro, médico). A análise dos dados ocorreu por meio da técnica de estatística descritiva e multivariada, utilizando o software Statistica 12, da Statsoft.Inc o programa R versão 3.2.3. Os resultados apontaram que dos seis domínios avaliados, três (Inovação, Prática do TDO e Estratégia para melhorar a adesão da pessoa com TB ao TDO) apresentaram diferenças estatísticas e também menores valores na avaliação dos profissionais. Com relação ao tipo de unidade de saúde, notou-se diferença na avaliação da TP do TDO, sendo que os profissionais de saúde inseridos na ESF avaliaram favoravelmente as ações quando comparados com àqueles inscritos nas UBS. Identificou-se por meio da análise exploratória dos domínios com menores valores que as ações avaliadas como desfavoráveis foram: inovação para trabalhar com a pessoa em TDO; participação da sociedade civil nas ações de controle da TB; motivação profissional; autonomia da pessoa em TDO; existência de um plano individual para a pessoa em tratamento de TB; estratégias para promover adesão da pessoa com TB ao TDO; recursos comunitários para apoiar a pessoa em tratamento e desenvolvimento de ações intersetoriais. O município de Piracicaba apresentou resultados desfavoráveis na avaliação da TP do TDO, enquanto o município de Indaiatuba, apresentou resultados favoráveis na maioria das ações de TP do TDO. Conclui-se que os municípios necessitam avançar na TP do TDO de forma a compreender a complexidade do cuidado à pessoa com TB, que por sua vez, ultrapassa o âmbito patológico e abarcam questões de cunho social. Outrossim, urge também a necessidade de melhoria das questões relacionadas à organização do processo de trabalho