Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Winckler, João Pedro Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-01082019-102128/
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Resumo: |
A mastite é uma das doenças mais prevalentes e de maior impacto a cadeia do leite. Apesar da mastite subclínica não apresentar sintomas aparentes é responsável pela redução na produção, qualidade, rendimento industrial e tempo de prateleira do leite. A CCS do tanque (CCST) tem sido utilizada como indicador do número de vacas infectadas nos rebanhos, entretanto indicadores calculados a partir da CCS individual, como a prevalência, refletem com maior precisão a situação dos rebanhos frente a mastite subclínica. Dessa forma, os objetivos desse estudo foram estimar a prevalência (%) em grande população de rebanhos brasileiros, analisar os efeitos do tamanho dos rebanhos, estações do ano e CCST sobre esse indicador e o impacto na produção e composição do leite. Para isso, foram analisados 7213 testes diários (TD) de 860 rebanhos brasileiros que enviaram amostras para a \"Clínica do Leite\", no período entre janeiro de 2016 e maio de 2018. A prevalência (%) foi definida como o número de vacas com CCS >= 200 mil céls/mL, dividido pelo número de vacas em lactação do rebanho. Para analisar os efeitos do tamanho dos rebanhos, estações do ano e CCST sobre a prevalência e a CCST, essas variáveis foram comparadas dentro das diferentes categorias de tamanho de rebanho, estação do ano e contagem de células somáticas do tanque. Foram compiladas as variáveis CCS individual das vacas (mil céls/mL), número de vacas do rebanho, CCS do tanque (CCST) (mil céls/mL), produção média do rebanho (L/vaca/dia) e os constituintes do leite do tanque: gordura (%), proteína (%), caseína (%), lactose (%), extrato seco total (EST) (%) e nitrogênio ureico do leite (NUL) (mg/dL) para analisar o efeito da prevalência sobre a produção e componentes do leite. Os rebanhos foram categorizados quanto a prevalência e realizadas análises descritivas e de comparação de médias. Análises de regressão foram empregadas para estudar os efeitos quantitativos da prevalência sobre a composição e produção do leite. Para avaliar o grau de associação entre as variáveis de forma conjunta, foi utilizada a análise de correspondência multivariada. A média da prevalência no período estudado foi de 46,95% (860 rebanhos) e a mediana da CCST de 388 mil céls/mL (620 rebanhos). Tanto a prevalência como a CCST foram maiores no verão e outono (estações mais quentes e úmidas). Em rebanhos com baixa CCST (<= 200 mil céls/mL) não houve efeito do tamanho dos rebanhos sobre a prevalência, entretanto nas categorias com maior CCST, os rebanhos menores apresentaram maior prevalência. Com o aumento da prevalência dos rebanhos a produção de leite foi reduzida e a CCS do tanque aumentada. A lactose foi o único sólido do leite que apresentou redução na sua concentração com o aumento da prevalência, entretanto quando foram avaliados a produção de sólidos dos rebanhos em kg/dia, a gordura, proteína, lactose e o extrato seco total (EST) apresentaram redução em função da menor produção de leite. Os resultados encontrados nesse estudo evidenciam o impacto da mastite subclínica nos rebanhos brasileiros, servem de alerta e estímulo para o governo, indústria e produtores criarem e implementarem programas de controle da mastite para a melhoria da qualidade do leite. |