Caminhos da integração, fronteiras da política: a formação das províncias de Goiás e Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Lima, André Nicacio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-20062011-143559/
Resumo: Esta dissertação tem por objetivo analisar a formação do Oeste brasileiro, isto é, daqueles espaços que até a Independência compunham as capitanias de Goiás e de Cuiabá e Mato Grosso e que, através de processos conflituosos, deram origem aos territórios políticos provinciais desde então. Partindo de uma breve exposição das matrizes gerais da ocupação e apropriação do espaço desde as primeiras décadas do século XVIII, passamos a uma análise da incorporação dessas áreas à Monarquia portuguesa, com especial atenção à emergência e à consolidação de uma geopolítica para a fronteira oeste. A seguir, tratamos das transformações .ocorridas no início do século XIX, quando novos processos de integração e as diretrizes do Reformismo Ilustrado atuaram decisivamente sobre esses espaços, redefinindo inclusive os sentidos da geopolítica. Entendendo o aprofundamento da crise do Antigo Regime português após a eclosão da Revolução Constitucionalista do Porto (1820) como um importante momento de ruptura, passamos a analisar os conflitos, as experiências e as identidades emergentes neste período. O foco está no movimento autonomista do norte goiano e na disputa pela condição de centro político provincial entre as cidades de Cuiabá e Mato Grosso. Conflitos estes que expressavam a diversidade e as contradições nos espaços das antigas capitanias, numa situação de erosão das legitimidades que conferiam um ordenamento político a esses espaços. Trata-se aqui, acima de tudo, de uma história política do território, através da qual se procura compreender o processo pelo qual se formaram, a partir das conquistas da Monarquia portuguesa, os espaços de poder e representação do Império do Brasil