Fluxos de energia em sistemas de produção de forragens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andréa, Maria Carolina da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-17072013-085223/
Resumo: No cenário mundial atual, em que é observado o aumento da população, da demanda por alimentos e da utilização de energia, também é observada a busca por fontes de energia alternativas às fósseis, diminuindo a dependência e risco econômico e ambiental oriundo de seu uso exclusivo. A análise de fluxos de energia possibilita uma avaliação da sustentabilidade de sistemas de produção agrícola, que visa o uso eficiente de insumos em termos energéticos. Essas análises também permitem identificar culturas como fonte de bioenergia, além de poderem ser utilizadas como complemento às análises econômicas, na busca por sistemas de produção mais eficientes. Esse estudo teve como objetivo apresentar uma análise do uso de insumos e energia, bem como a sua eficiência, em sistemas de produção de plantas forrageiras, tradicionalmente utilizadas para alimentação animal, na região dos Campos Gerais, Paraná. Foram determinados o fluxo de materiais (FM), demanda (EE) e disponibilização de energia (ES), balanço energético (BE), lucratividade energética (EROI) e energia incorporada (EI) da biomassa foram aplicados nesses sistemas. O FM determinou o consumo de insumos por área, e serviu de base para o cálculo da EE dos sistemas. Com características das culturas, calculou-se a ES, e com base nesses parâmetros, calculou-se os indicadores BE, EROI e EI. Com base nos resultados, concluiu-se que as culturas que se apresentaram mais eficientes do ponto de vista energético foram as gramíneas perenes, cultivares de P. maximum e Tifton 85, e as gramíneas anuais, milho e sorgo, pois apresentaram os melhores valores de indicadores da eficiência energética (ES, BE, EROI e EI), o que justificaria uma posterior investigação detalhada no uso energético dessas culturas. As culturas da aveia, azevém, cevada e milheto apresentaram os valores menos favoráveis no enfoque energético, portanto não adequadas à finalidade energética em relação às demais culturas estudadas. A operação que apresentou maior demanda de energia foi a distribuição de fertilizantes, devido aos insumos aplicados (mais que 47% da demanda total de todas as operações realizadas nas culturas). Os insumos que apresentaram maiores demandas de energia (mais de 57% do total) nos sistemas foram os fertilizantes, seguidos do diesel. Destacou-se o uso do fertilizante nitrogenado que representou mais de 50% da demanda total de energia em todos os sistemas de produção. O EROI para as cultivares de P. maximum, Tifton 85, milho, sorgo, milheto, azevém, cevada e aveia, foram: 14,2; 13,7; 10,1; 8,9; 7,2; 5,0; 4,6 e 3,8, respectivamente.