Aceitação e viabilidade de uma intervenção psicossocial colaborativa para idosos com depressão realizada por não especialistas da atenção primária.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Henrique, Maiara Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde-23072021-110631/
Resumo: Com o envelhecimento populacional crescente, a escassez de cuidados em saúde mental com o público idoso se tornou um grande problema. A depressão afeta muitos idosos no Brasil, que frequentemente não são identificados ou tratados no sistema de saúde. Para atender esta demanda, muitos países utilizam o cuidado colaborativo, a alternância de tarefas e o tratamento em etapas na atenção primária, de forma a melhorar a atenção à saúde, reduzir custos e suprir a falta de profissionais especializados. Essas estratégias já mostraram ser custo-efetivas, mas pouco se sabe sobre sua aplicação com idosos na atenção primária no Brasil. Portanto, foi realizado um estudo piloto, do qual o presente estudo é parte, para avaliar a exequibilidade de um programa de intervenção psicossocial complexo para idosos com depressão cadastrados na Estratégia Saúde da Família no município de São Paulo. Os objetivos deste estudo são: (1) Verificar a fidelidade dos agentes de saúde na aplicação do protocolo da intervenção psicossocial; (2) Investigar a compreensão do conteúdo e a aceitação dos princípios norteadores da intervenção psicossocial pelos participantes idosos; e (3) Avaliar a aceitação dos princípios norteadores da intervenção psicossocial (alternância de tarefas, cuidado colaborativo, tratamento em etapas e suporte de tecnologia) pelos agentes de saúde. Foram utilizados métodos qualitativos de pesquisa para avaliar a aceitação e a viabilidade dos princípios da intervenção psicossocial com 11 agentes de saúde e 31 idosos que realizaram e receberam a intervenção, respectivamente. Os dados foram coletados através de observação não-participante, entrevista estruturada e grupo focal. Os resultados mostram que a intervenção foi bem aceita pelos agentes de saúde e idosos, e é viável na atenção primária. Os agentes de saúde se sentiram capacitados para realizar a intervenção e os idosos aceitaram e gostaram de ser atendidos por profissionais não especializados. O uso de tecnologia permitiu melhor comunicação entre a equipe, garantiu fidelidade ao protocolo e tornou a intervenção padronizada e atraente para os participantes. Os resultados do estudo também sugeriram algumas modificações na intervenção para facilitar sua implementação na atenção primária