Fluxos de CO2, água e energia em área de renovação de canavial com um cultivo de soja

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Rubmara Ketzer
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11152/tde-23072019-161156/
Resumo: Cultivos de extensa área de produção e manejo intensivo, como a indústria canavieira, demandam maior responsabilidade em relação ao conhecimento da sua contribuição na diminuição ou aumento dos gases de efeito estufa. Dentro do manejo do sistema de produção de cana-de-açúcar existe uma etapa de renovação do canavial, período pós última colheita que antecipa a implantação de um novo cultivo de cana. O estudo tem por objetivo avaliar a contribuição do período de renovação de um canavial em relação aos fluxos de massa e energia dentro do sistema produtivo de cana-de-açúcar, considerando a inserção de um cultivo de soja após período de pousio sobre solo com cobertura de palha e sem cobertura, em um canavial localizado em Piracicaba - SP, Brasil. A obtenção dos fluxos foi realizada com o método \"Eddy Covariance\". Com o solo em pousio e cobertura de palha, o fluxo líquido de CO2 (NEE) médio foi de 2,51 µmolCO2 m-2 s-1 e evapotranspiração média do período de 0,72 mm d-1. O período de pousio com solo sem cobertura teve um NEE de 3,10 µmol CO2 m-2 s-1 e evapotranspiração média do período de 2,04 mm d-1. Com a inserção de um cultivo de soja, a área passou a apresentar um comportamento de consumo no lugar da emissão de CO2, com um fluxo médio diário de NEE (da semeadura à maturação de colheita) de -1,47 µmolCO2 m-2 s-1 e evapotranspiração média de 4,52 mm d-1. Para o balanço energético da renovação do canavial, 84,6% da energia disponível no período de pousio sob os dois manejos de cobertura foi utilizada pelo fluxo de calor latente e fluxo de calor sensível, e para o cultivo de soja esta relação foi de 73,4%. Considerando o balanço da troca líquida de CO2 em relação às médias apresentadas, o saldo é positivo, ou seja, a renovação deste canavial foi responsável por maior emissão que consumo de CO2, de acordo com o manejo realizado. O cultivo da soja não compensou a emissão do período em pousio, mas tem potencial de amenizar no total do período.