Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Solis, Marina Yazigi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-14112014-152617/
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Resumo: |
Introdução: A dermatomiosite juvenil (DMJ) é uma doença autoimune idiopática caracterizada pela presença de lesão cutânea, perda de massa muscular, fraqueza muscular proximal, fadiga e redução da aptidão física. Nesse contexto, a suplementação de creatina emerge como estratégia terapêutica não farmacológica para atenuar os sintomas ocasionados pela disfunção muscular e perda de massa muscular em diversas condições, como nas doenças reumatológicas pediátricas; Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia e a segurança da suplementação de creatina em pacientes com DM de início juvenil; Métodos: Trata-se de um estudo duplo-cego, crossover, balanceado e controlado por placebo. Todos os voluntários (n = 15) receberam dois tratamentos, a saber: creatina (0,1 g/kg/dia) ou dextrose (placebo - 0,1 g/kg/dia). Para cada tratamento, o período de suplementação foi de 12 semanas, interpassadas por um período de washout de oito semanas. A ordem dos tratamentos foi determinada de forma aleatória e contrabalanceada. Tanto nos períodos pré-suplementação, como nos períodos pós-suplementação foram avaliadas a força e função musculares (desfechos primários), além da composição corporal, densidade mineral óssea, marcadores bioquímicos do remodelamento ósseo, citocinas inflamatórias, aptidão aeróbia, qualidade de vida, parâmetros relacionados à atividade da doença, consumo alimentar e conteúdo intramuscular de fosforilcreatina. Nos mesmos períodos de tempo, a segurança da intervenção foi avaliada por parâmetros laboratoriais e por clearance de 51Cr-EDTA. Os eventos adversos foram registrados durante todo o estudo; Resultados: Não houve diferença significativa no conteúdo intramuscular de fosforilcreatina entre as condições, antes e após as intervenções (Creatina - Pré: 21,4 ± 5,3/Pós: 20,6 ± 2,7, delta escore = -0,3 ± 2,5 mmol/kg peso úmido; Placebo - Pré: 20,4 ± 3,7/Pós: 20,7 ± 3,6, delta escore = -0,1 ± 4,2 mmol/kg peso úmido, p = 0,45 da interação entre as condições). Também, não houve diferença significativa entre as condições placebo e creatina para função muscular, capacidade aeróbia, composição corporal, densidade mineral óssea e qualidade de vida. Além disso, não houve alteração na função renal após a suplementação de creatina e nenhum efeito adverso foi observado; Conclusão: O protocolo de suplementação de creatina (0,1 g/kg/d) por 12 semanas foi bem tolerado e livre de efeitos adversos. Entretanto, a suplementação de creatina não foi capaz de aumentar o conteúdo intramuscular de fosforilcreatina, o que se traduziu em ausência de melhora da função muscular, aptidão aeróbia, composição corporal e parâmetros de qualidade de vida em pacientes com DM de início juvenil |