Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Froza, Joyce Adriana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20062022-174927/
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Resumo: |
Cigarrinhas das superfamílias Membracoidea (Cicadellinae) e Cercopoidea que se alimentam de seiva de xilema das plantas são vetores ou potenciais vetores da bactéria Xylella fastidiosa, que causa doenças em diversas culturas agrícolas. Recentemente foi descrita uma nova doença associada à X. fastidiosa subsp. pauca, denominada síndrome do dessecamento foliar da oliveira (SDFO), em olivais nos estados de São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG), cujos vetores ainda são desconhecidos. A doença ocorre na região da Serra da Mantiqueira, que apresenta uma grande diversidade e abundância de cigarrinhas, demandando estudos taxonômicos e ecológicos sobre esses insetos para investigar seu envolvimento na disseminação da bactéria. Assim, esta pesquisa foi conduzida com os objetivos de construir uma chave dicotômica para identificação e estudar a flutuação populacional, infectividade natural e competência como vetores de X. fastidiosa para espécies de cicadelíneos e cercopoídeos predominantes nos olivais dessa região. A chave dicotômica foi construída com base na morfologia externa e terminalias masculina e feminina para 17 espécies de cigarrinhas definidas como predominantes em análise faunística prévia, incluindo três novas espécies de Cicadellini aqui descritas. Para os ensaios de transmissão, adultos de 16 espécies foram pré-testados para infectividade natural em plântulas sadias de Catharanthus roseus durante um período de acesso à inoculação (PAI) de 12 h. Os insetos foram então confinados em oliveiras infectadas com X. fastidiosa subsp. pauca (ST 16) por um período de acesso de aquisição de 24 h, seguido de um PAI de 24 h em oliveiras sadias. Verificou-se a transmissão por 11 espécies de cicadelíneos, Erythrogonia hertha, E. phoenicia, E. sinvali, Macugonalia cavifrons, M. leucomelas, Oragua triplehorni, Plesiommata mollicella, Scopogonalia paula, Sibovia sagata, Sonesimia grossa e Syncharina punctatissima, e por três cercopídeos, Deois schach, Notozulia entreriana e Sphenorhina rubra. As taxas de transmissão por indivíduo variaram de 0,4% para O. triplehorni a 12,9% para S. paula. Para flutuação populacional realizaram-se coletas quinzenais de cigarrinhas com cartões adesivos amarelos em olivais de Wenceslau Braz (MG), São Bento do Sapucaí (SP), Maria da Fé (MG) e Cabreúva (SP), de junho/2015 a junho/2020. Os picos populacionais ocorreram de setembro a abril, com maiores densidades (>3 indivíduos/armadilha) para Clastoptera sp. 1, M. cavifrons e S. paula. Houve correlação positiva de captura com médias mensais de temperatura e umidade relativa. Testes de qPCR em cigarrinhas coletadas por armadilhas adesivas e com rede de varredura na vegetação rasteira dos pomares e copa das oliveiras detectaram X. fastidiosa em 12 espécies, incluindo Clastoptera sp. 1, M. cavifrons e S. paula. Juntamente com E. phoenicia e E. sinvali, as três últimas espécies parecem relevantes na epidemiologia pela densidade populacional e afinidade por oliveira, infectividade natural e/ou eficiência de transmissão de X. fastidiosa. Os resultados sugerem que a primavera, verão e início do outono são períodos de maior risco de disseminação de X. fastidiosa por vetores em olivais na região. |