Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Marquezini, Míriam Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-30092015-110733/
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Resumo: |
De acordo com a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO, 2013), o consumo mundial de carne de frango tem aumentado de maneira significativa nas últimas décadas. Por outro lado, a preocupação dos produtores de alimentos, com a inocuidade de seus produtos também tem aumentado na mesma proporção. Durante as etapas da operação de abate de maneira geral, as contaminações cruzadas são as principais causas de disseminação de microrganismos patogênicos nos produtos obtidos e causadores de gastroenterites no consumidor. Espécies da enterobactéria Salmonella se enquadram como um dos maiores riscos desse tipo de doença devido a sua associação com os inúmeros surtos ocorridos a nível mundial, após o consumo desses produtos. Algumas enterobactérias possuem um gene blaKPC, que codifica a enzima carbapenemase, que confere resistência a antibióticos carbapenêmicos, agravando mais a situação. Alguns fatores de virulência encontrados nesse gênero de bactéria podem ainda estar associados a capacidade de adesão e formação de biofilmes em superfícies inertes, dificultando operações de higienização nas linhas de processamento. Assim sendo, a presente pesquisa objetivou a verificação da capacidade de estirpes de Salmonella spp isoladas de aviário e linha de abate de frangos de um frigorífico no estado do Rio Grande do Sul produzirem biofilmes e apresentarem resistência a antibióticos carbapenêmicos. Na avaliação da produção de biofilme, foi empregada a técnica de microplacas de polietileno e produção de cápsula segundo Stepanovic et al. (2004) e Rodrigues et al. (2006), respectivamente.Foram pesquisados os fatores de virulência de salmonelas, representados pelos genes IpfA, agfA, sefA, invA, hilA, avrA, sopE, sivH,e spvC, utilizando o método de Reação de cadeia de Polimerase (PCR), descrita por Borges et al. (2013). As estirpes foram submetidas ao teste de resistência a antibióticos carbapenêmicos pelo método de disco difusão com carbapenêmicos segundo Clinical and Laboratory Standards Institute-CLSI (2010) e pesquisa do gene de resistência a carbapenêmicos blaKCP, pela técnica de PCR, segundo NAAS et al. (2007). Obteve-se quatro perfis genéticos das estirpes de Salmonella spp.: perfil 1: genes ifpA, agfA, invA e avrA; perfil2: genes ifpA, agfA, sefA, invA e avrA; perfil 3: genes invA e avrA; perfil4: genes ifpA,agfA e invA. Observou-se a resistência das estirpes somente ao antibiótico imipenen. Entre as 36 estirpes de Salmonella spp. isoladas, todas foram consideradas produtoras de biofilme in vitro, sendo que 69% destas, apresentaram-se como fortes produtoras, 25% como moderadas, e apenas 6% como fracas produtoras. O método Agar Vermelho Congo não se mostrou eficiente para teste presuntivo de produção de biofilme para estirpes de Salmonella spp. Não foi evidenciado o gene blaKPC nas estirpes de Salmonella spp. isoladas na presente pesquisa. |