Estudo da influência do material de acondicionamento na estabilidade de emulsões protetoras solares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Oliveira, Daniella Almança Gonçalves da Costa e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9139/tde-21022025-110219/
Resumo: As radiações solares são necessárias a todos organismos vivos, embora apresente uma ameaça para a saúde geral da pele humana. O uso de produtos contendo filtros solares pode ajudar a prevenir ou minimizar os efeitos deletérios da radiação solar sobre a pele, tais como eritema, hiperplasia, danos oculares, fotoimunossupressão, fotossensibilidade, fotoenvelhecimento e câncer de pele. Para assegurar uma fotoproteção adequada durante o uso, toma-se necessário determinar a estabilidade dos filtros solares contidos nestes produtos. A proposta desta pesquisa foi preparar emulsões contendo filtros protetores solares contra radiações ultravioleta A (UVA), ultravioleta B (UVB) e infravermelha (IV) e estudar a estabilidade destas formulações após acondicioná-las em diferentes materiais (potes de vidro e de plástico, bisnagas plásticas e metálicas). As amostras foram submetidas a diferentes temperaturas (ambiente, 10º, 35º e 45º C), durante 7, 30, 60 e 90 dias e analisadas em intervalos de tempo pré-estabelecidos por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) e por estudos reológicos. As análises reológicas foram realizadas utilizando-se 13 g da emulsão, em viscosímetro rotacional Brookfield e spindle SC4-29. A CLAE foi utilizada para a determinação quantitativa e simultânea da 3-benzofenona (B) e do metoxicinamato de octila (M). A separação e determinação quantitativa foram realizadas empregando-se uma coluna LiChrospher® 100 RP-18 (5µm) e fase móvel constituída por metanol/água (87:13 v/v), com vazão de 1.0 mL/min e detecção no UV a 290 nm. As emulsões protetoras solares armazenadas em diferentes temperaturas apresentaram comportamento não-newtoniano pseudoplástico e tixotropia durante o período do estudo. Comparando-se os materiais de acondicionamento, de uma maneira geral, todos apresentaram resultados adequados quanto aos teores dos dois filtros químicos até um período de 60 dias, estando de acordo com a especificação farmacopêica. Alguns apresentaram resultados melhores em várias condições de temperatura por período de tempo maior, como os frascos de vidro, que só apresentaram teores alterados dos filtros a 10º C. As bisnagas metálicas apresentaram ótimos resultados dos filtros à temperatura ambiente (teores entre 99,46% e 102,73%), porém nas demais temperaturas, os teores dos dois filtros diminuíram com o tempo. Os materiais plásticos apresentaram bons resultados nas temperaturas ambiente (96,07% de B a 103,72% de M) e 35º C (99,04% de B a 105,56% de M), porém os teores dos filtros mostraram-se alterados a 45º C (107,78% de M) e 10º C (93,9% de B), no período de 60 dias.