"Ocorrência de moléstia degenerativa osteoarticular em pacientes atendidos em clínica de fisioterapia"

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Brisotti, Ivelise Paula Fiori
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-02102006-094853/
Resumo: A presente pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de descrever a ocorrência de moléstia degenerativa osteoarticular (MDO) em pacientes atendidos em clínica especializada de fisioterapia, caracterizando a população de estudo segundo variáveis demográficas, socioeconômicas, prática de atividades físicas, índice de massa corporal e uso anterior de fisioterapia, verificando possíveis associações com a atividade profissional, afastamento do trabalho, antecedentes familiares e freqüência de orientação médica. Foram estudados 108 pacientes encaminhados para um serviço público de fisioterapia localizado em Sertãozinho, São Paulo, com diagnóstico clínico e radiológico comprovado de MDO. O estudo identificou que a doença predomina no sexo feminino (69,4%) e na faixa etária acima de 60 anos para ambos os sexos. A obesidade é preponderante entre as mulheres (40% contra 24,3%, respectivamente). Sessenta e dois por cento dos participantes já haviam feito fisioterapia, com índices progressivamente crescentes de indivíduos das faixas etárias mais avançadas. O estudo permite ainda identificar que as áreas da coluna foram as mais comumente atingidas (64,9%), com predomínio da atividade braçal (94,5%). A maioria dos participantes referiram postura durante a atividade laborativa que favorecia o desenvolvimento da MDO, porém somente 25,9% referiram afastamento anterior do trabalho. A dor foi o principal sintoma, acometendo mais intensamente a coluna e o quadril, e os antiinflamatórios corresponderam ao medicamento mais comumente utilizado. Quarenta dos 108 participantes referiram antecedentes familiares de MDO. Tratamento cirúrgico foi indicado em 10,2% dos participantes, predominando entre os indivíduos com acometimento de joelho e naqueles com dor leve e moderada. Ocorreu predomínio dos estratos econômicos C e D, sendo que o entendimento da evolução da doença pelos participantes, independentemente do estrato econômico, foi referido por apenas 25,9% deles. As atividades laborais, embora não responsáveis pelo desenvolvimento da doença, interferiram no agravamento dos sintomas, principalmente na dor articular, sendo esta o principal fator limitante do exercício profissional. Enfatiza-se a necessidade de implantação de programas de saúde pública voltados à prevenção de MDO e atendimento multidisciplinar, integrando a fisioterapia aos serviços de atenção primária à saúde, além de priorizar o aprimoramento da relação do profissional com o paciente, de modo a fazê-lo entender sua doença e participar ativamente do processo terapêutico.