Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Beatriz Sequeira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-31102017-123128/
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Resumo: |
O presente trabalho objetiva buscar um maior entendimento da história em quadrinhos como produto cultural e compreender como, com o passar dos anos, ela passou por um processo de legitimação que a tirou do estigma de mero artigo de massa, sem nenhum valor cultural, para um objeto culturalmente valorizado. Buscou-se em um primeiro momento compreender de onde surge o preconceito contra a cultura de massas e, consequentemente, contra as histórias em quadrinhos, e como tal preconceito pode ser entendido a partir de uma relação de poder estabelecida pelo uso do conceito de \"cultura\". Para tal, a abordagem metodológica inicial baseou-se nos Estudo Culturais, especialmente a partir da reformulação do conceito de cultura proposto por Raymond Williams, além das premissas de outros estudiosos da cultura, focando principalmente nos conceitos de ideologia, de John B. Thompson, e de distinção, de Pierre Bourdieu. Dentro de uma abordagem fenomenológica, foi selecionada a Hermenêutica da Profundidade proposta por John B. Thompson. A técnica de coleta de dados utilizada é a documentação indireta, formada pela pesquisa bibliográfica (os textos, acadêmicos ou não, afins com o objeto e metodologia adotados) e a pesquisa documental (o conjunto das histórias em quadrinhos selecionado). Traçou-se, a partir daí, uma linha do tempo no contexto norte-americano que buscou demonstrar que o processo de legitimação cultural teve início na década de 1960 com o movimento intelectual europeu e o movimento underground norte-americano, seguidos pela publicação de Maus, de Art Spiegelman, e da chegada das graphic novels ao mercado. Ademais, buscou-se elucidar como as histórias em quadrinhos constituem-se como um campo de produção cultural específico e autônomo, que pouco tem a ver com o campo da literatura ou das artes plásticas. Para tal, voltamo-nos ao conceito de campo de Pierre Bourdieu. Como resultados principais, foi identificado que os quadrinhos passaram a ser valorizados como um produto cultural legítimo e instâncias que antes os desprezavam, passaram a reconhecer seu valor e importância no espectro cultural mundial. Com esses resultados, visa-se contribuir para a cristalização do entendimento da história em quadrinhos como um campo de produção cultural legítimo, fazendo com que o debate sobre o mesmo cresça e se diversifique cada vez mais. |