Avaliação dos efeitos genotóxicos e citogenéticos da proteína L1 do papilomavírus associada a saponinas obtidas do resíduo de Agave sisalana Perrine (SISAL)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Magnelli, Roberta Fiusa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-08012021-102345/
Resumo: O papilomavírus bovino (BPV) é o agente etiológico da papilomatose bovina, caracterizada pela presença de papilomas que regridem espontaneamente, mas que podem persistir ou progredir à malignidade. O vírus também é considerado o melhor modelo na compreensão do processo oncogênico do HPV. A classificação filogenética dos PVs é realizada com base na homologia de sequências da Open Reading Frame (ORF) L1, a mais conservada entre os diferentes sorotipos virais. Como a melhor forma de prevenção ainda é a intensificação dos controles gerais de manejo, há a necessidade do desenvolvimento de novas tecnologias vacinais. Tendo em vista a importância da proteína L1 e a imunogenicidade das saponinas, o presente trabalho tem por objetivo avaliar o potencial mutagênico e genotóxico da proteína isolada e purificada, bem como seus efeitos quando associada as saponinas, além de uma comparação com o adjuvante já bastante utilizado hidróxido de alumínio. Lesões genômicas, que após processadas sem reparação podem resultar em mutações, foram detectadas por meio de ensaio cometa. Possíveis danos ao material genético causados por alterações cromossômicas estruturais (clastogênese), bem como perdas cromossômicas (aneugênese) foram avaliadas pelo teste de micronúcleo. Ambos os testes foram feitos em eritrócitos policromáticos e células Vero. A avaliação de apoptose e necrose das células Vero tratadas foi feita por coloração com Anexina V/PI e citometria de fluxo. Os dois produtos vacinais (L1+Saponina e L1+Hidróxido de Alumínio) apresentaram danos compatíveis com o controle positivo no ensaio cometa e ambos elevaram levemente os níveis de micronúcleo, no ensaio de Viabilidade Celular os resultados com Hidróxido de Alumínio foram mais viáveis, caracterizando o Hidróxido de Alumínio como um adjuvante mais seguro de acordo com os testes propostos. Algumas frações do extrato de saponina separadas por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência foram avaliadas frente à atividade genotóxica por ensaio cometa, e suas identidades foram confirmadas por similaridade ao padrão de referência por espectrometria de massas.