Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Alves, Liliana Amorim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-07012008-113413/
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Resumo: |
Distúrbio da voz relacionado ao trabalho é caracterizado como qualquer alteração vocal diretamente relacionada ao uso da voz durante a atividade profissional que diminua, comprometa ou impeça a atuação e/ou a comunicação do trabalhador. O objetivo do presente estudo foi relacionar os parâmetros vocais de professores universitários com a sua percepção vocal e dos agentes relacionados ou não ao ambiente de trabalho que possam a ser prejudiciais a sua voz. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, com análise comparativa dos dados de delineamento transversal, descritivo. Constituíram-se da amostra 86 professores, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário, validado, contendo dados relacionados aos sinais e sintomas vocais, subdivididos em: caracterização da população, critérios de seleção, percepção, hábitos, estratégias e cuidado e local de trabalho. Foi aplicado um protocolo de avaliação dos parâmetros vocais compostos de duas partes: um check-list contendo nove itens (identificação do juiz e do número do sujeito da pesquisa, os tipos de voz, o grau de alteração vocal, o ataque vocal, o loudness, o pitch, a ressonância, a articulação, a velocidade, a coordenação pneumofenoarticulatora) em um dicionário de termos, contendo as definições de cada um dos nove itens citados anteriormente. A avaliação da percepção auditiva foi realizada por três juizes, fonoaudiólogos, especialistas em voz, que classificaram as vozes em adaptadas e desviadas. Após, foi verificado o nível de confiabilidade, a fim de verificar a consistência interna dos valores observados. Testes estatísticos foram realizados. O resultado demonstrou que os três juízes foram estatisticamente semelhantes e foi eleito um pelo método aleatório para a continuação das avaliações estatísticas. Constatou-se que quando os docentes foram avaliados pela percepção do juiz em voz adaptadas e desviadas a percepção de ambos os grupos foram estatisticamente significante, ou seja, foram diferentes. Os professores de vozes adaptadas, conforme o juiz apresentava tipo de voz sem alteração, grau de desvio vocal ausente, ataque vocal isocrônico, loudness média, pitch médio, ressonância desequilibrada, articulação precisa, velocidade adequada e coordenação pneumofonoarticulatória inadequada. Já os que tinham vozes desviadas apresentaram: tipo de voz rouco, com grau de desvio vocal leve, ataque vocal isocrônico, loudness média, pitch médio, ressonância desequilibrada, articulação precisa e coordenação pneumofonoarticulatória inadequada. Em síntese, por tudo exposto ate então, foi estatisticamente comprovado que as variáveis ruído e estresse fora do trabalho e a coordenação pneumofonoarticulatória são fortes atributos para os professores adquirirem alterações vocais. Mesmo sendo profissionais que trabalham com a saúde, os professores universitários não conseguem perceber que no seu ambiente de trabalho há fatores de riscos que podem prejudicar a sua voz. Professores e juiz têm opiniões diferentes em perceber os problemas e fatores de risco em relação a sua voz, dento e fora do ambiente de trabalho. Quanto à percepção, um trabalho de monitoramento auditivo e de atenção à saúde vocal do professor, deveria ser iniciado durante a formação profissional. |